28 dez, 2017 - 10:32
O Governo reconhece que ainda não conseguiu inverter o défice migratório. As saídas ainda são superiores ao número de jovens qualificados que regressa a Portugal.
O secretário de Estado das Comunidades assume que o crescimento económico nacional ainda não está a captar os jovens que saíram nos últimos anos.
“Independentemente de termos níveis de crescimento económico já positivos, eles não conseguem penetrar nesta rede”, diz José Luís Carneiro. As condições económicas criam “uma certa facilidade na saída e na instalação e, portanto, o movimento de regresso ao país será mais demorado que o de saída”, conclui.
No último ano saíram 97 mil pessoas, depois de em 2015 terem sido 101 mil.
Segundo as Nações Unidas, vivem quase 2,3 milhões de portugueses fora de Portugal. Desde 1990 até 2014, em média 100 mil pessoas saíram por ano à procura de melhores condições no estrangeiro.
Nos últimos 27 anos, a emigração cresceu 20%.
Os dados nas Nações Unidas mostram que a Europa concentra a maioria dos emigrantes portugueses: França é o principal país de acolhimento, seguido da Suíça, Reino Unido, Espanha, Luxemburgo e Alemanha.
Já a nível mundial, os Estados Unidos e o Canadá foram os destinos preferenciais.
Em termos mundiais, Portugal possui a 26ª comunidade no estrangeiro, num ranking que é liderado pela Índia.