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Preços em 2018. Os que sobem e os que descem

27 dez, 2017 - 14:04 • Lusa

A chegada de 2018 vai trazer alterações nos preços de vários bens e serviços.

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TRANSPORTES

O preço dos bilhetes dos transportes públicos vai aumentar num máximo de 2,5%, embora os cartões Lisboa Viva, Viva Viagem/7 Colinas e Andante não sofram aumentos.

Já na Rodoviária, na Carris e STCP, transportes fluviais e comboios urbanos e suburbanos em percursos inferiores a 50 quilómetros o aumento máximo será de 2%.

No próximo ano, o desconto de 25% do passe de transportes para os estudantes entre os 4 e os 18 anos será alargado a todos os alunos, mesmo aos que não têm apoio social.

Também o passe sub23, dirigido aos estudantes do ensino superior até aos 23 anos, foi alargado aos serviços de transporte colectivo de passageiros autorizados ou concessionados pelos organismos da administração central e regional, bem como aos serviços de transporte de iniciativa dos municípios, com um benefício igualmente de 23%.

ELECTRICIDADE

As tarifas de electricidade no mercado regulado vão baixar 0,2% para os consumidores domésticos a partir de 1 de Janeiro, o que representaria uma diminuição de nove cêntimos numa factura média mensal de 45,7 euros. No entanto, empresas em mercado livre, como a EDP Comercial, aumentaram os preços da electricidade em componentes que não a do custo unitário de energia, como o aluguer de contadores.

Os preços da electricidade não desciam desde 2000, ano em que registaram uma redução de 0,6%, depois de no ano anterior terem recuado 4,7%.

Já a tarifa social da luz continuará a representar um desconto de 33,8% face às tarifas transitórias de venda a clientes finais (antes do IVA e outras taxas), isto é, os preços de referência do mercado regulado, mas os consumidores economicamente vulneráveis que já estão no mercado livre também beneficiam desta redução.

GÁS

A actualização tarifária só acontece a 1 de Julho para os consumidores que se mantêm no mercado regulado.

AUTOMÓVEIS

Comprar um carro novo pode custar mais entre 2,67 e 900 euros em 2018, devido ao agravamento do Imposto sobre Veículos (ISV), segundo a simulação da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA), elaborada depois de conhecida a proposta de Orçamento do Estado.

A subida média é de 1,4%, ficando abaixo do agravamento de 3% do ano anterior.

Também o Imposto Único de Circulação (IUC), o antigo “selo do carro”, vai aumentar em média 1,4%.

O executivo decidiu manter as taxas adicionais de IUC e ao Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP).

PORTAGENS

A factura nas portagens nas auto-estradas deverá aumentar 1,42% em Janeiro de 2018, à luz da taxa de inflação homóloga, sem habitação, em Outubro, divulgada em 13 de Novembro pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

LEITE

Os produtores de leite esperam uma estabilização do sector em 2018, que não se deverá traduzir em grandes alterações a nível dos preços, disse recentemente à Lusa o secretário-geral da Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite (Fenalac).

TABACO

O aumento do Imposto sobre o Tabaco previsto na proposta de Orçamento do Estado para 2018 pode significar uma subida de até 10 cêntimos no maço de cigarros, segundo simulações feitas pela consultora Deloitte.

REFRIGERANTES

O imposto a pagar pelas bebidas açucaradas vai aumentar cerca de 1,5% a partir de 2018.

TELECOMUNICAÇÕES

As operadoras de telecomunicações Vodafone, Nowo, NOS vão manter no próximo ano os preços cobrados, assim como a Meo, que não altera os valores para os serviços fixos, mas actualiza alguns tarifários móveis pós-pagos

IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS (IMI)

As taxas de IMI vão manter-se entre 0,3% e 0,45% para os prédios urbanos, já que o Parlamento rejeitou a descida da taxa máxima para 0,4%, reivindicada tanto pelo PCP como pelo BE. No caso dos prédios rústicos, a taxa aplicável é de 0,8%.

No âmbito dos incêndios deste ano, o PSD propôs a isenção do pagamento de IMI em 2017 e 2018 para as habitações, edifícios comerciais, industriais e de serviços, bem como prédios rústicos afectos à actividade agrícola económica que foram afectados, mas a proposta foi chumbada em sede de Orçamento do Estado. Ainda assim, alguns municípios decidiram avançar com a isenção de IMI aos imóveis danificados, como Penacova e Góis.

IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE TRANSMISSÕES ONEROSAS DE IMÓVEIS (IMT)

Este imposto, que incide sobre o valor inscrito nos contratos de transmissões onerosas do direito de propriedade ou sobre o valor patrimonial tributário (VPT) dos imóveis, consoante o que for maior, vai continua a aplicar as mesmas taxas em 2018.

Os prédios rústicos são taxados a 5%, os prédios urbanos destinados exclusivamente a habitação própria e permanente têm uma taxa entre 0% e 6%, os prédios urbanos destinados exclusivamente à habitação têm uma taxa entre 1% e 6%, e os prédios urbanos não destinados exclusivamente à habitação e outras aquisições onerosas têm uma taxa de 6,5%. Já os prédios (urbanos ou rústicos) ou outras aquisições cujo adquirente seja residente em país, território ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável têm uma taxa de 10%.

RENDAS DE CASA

No próximo ano, prevê-se um aumento de 1,12% do valor dos arrendamentos, mais do dobro da subida deste ano. É o maior aumento desde 2013, correspondendo a mais 1,12 euros por cada 100 euros de renda, segundo um aviso relativo à actualização das rendas em 2018, publicado em Diário da República.

Aplicável tanto ao meio urbano como ao meio rural, este aumento segue-se às subidas de 0,54%, registada em 2017 e de 0,16%, em 2016. Em 2015 as rendas tinham ficado congeladas na sequência de variação negativa do índice de preços excluindo a habitação registada nesse ano.

Os quatro anos anteriores, de 2011 a 2014, tinham sido de aumentos consecutivos das rendas: uma actualização residual de 0,3% em 2011 (mais 30 cêntimos por cada 100 euros de renda), de 3,19% em 2012, de 3,36% em 2013 e de 0,99% em 2014.

[Notícia actualizada às 15h34 de 28/12/2017]

Comentários
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  • João cunha
    01 fev, 2018 Lisboa 11:55
    Chulos
  • Mário Neves
    02 jan, 2018 Alverca 01:19
    Uma vez que parece ser "tecnicamente" impossível aos políticos que elegemos travar a escalada de preços, alguns dos quais irracionais, pelo menos que aprovem na AR aumentos salariais que contrariem a perda de poder de compra que todos os anos é imposta aos portugueses. Aumentar uns trocos para depois subir impostos acima de qualquer aumento é dar um papelote e ficar com o rebuçado.
  • Oscar Silva
    29 dez, 2017 Vlaardingen 15:46
    Já ouviram dizer que a EDP é o caçador, não tem cão caça com o gato. Eles nunca podem ficar a perder. Quem fica a perder são as formigas, que não têm outra solução, e muitos dos portugueses sabem quem são os culpados. Olhem que vá quem vá para o governo, eles só pensam neles, nós para eles somos carne para canhão, e não me venham dizer o contrário, porque contra factos não hesitem argumentos. Muito mais haveria para dizer. Mas...
  • Severino
    29 dez, 2017 Setubal 13:33
    Para já estou seguro. Pago menos do que estão a pagar na EDP Universal e se assim continuar essa situação vai-se manter e vou continuar no mercado livre porque há várias opções para não ter a EDP como única no mercado de eletricidade senão fazem o que bem querem e lhes apetece como se registou com esta notícia. O mercado é livre é para podermos sempre ver o preço mais baixo face á nossa situação ;) Isto de aumentar preços das tarifas na EDP Comercial é claramentre jogada, para fazer os consumidores saltarem novamente para o mercado regulado e continuarem a ter um preço que quase sempre tiveram, com a excepção de uma redução de 0,2% do valor que em 100€ dá uma poupaça de 20 centimos todos os meses. Andam a perder muitos clientes no mercado livre para as outras comercializadoras, querem defender o seu monopólio e melhor que isso aplicar uma jogada como esta que aos olhos de muitos consumidores passa ao lado.
  • Zorro
    29 dez, 2017 Azambuja 11:39
    Há muito tempo que penso ser autosuficiente em energia, assim como sou autosuficiente em água. Porém a legislação não permite ter a potencia instalada que qualquer cidadão necessite, limitando-a a 1500 W/h (6 painéis fotovoltaicos). Eu necessito no mínimo do dobro deste valor, pois a bomba que puxa água tem neste momento um consumo de 2200 W/h. Não me importo de comprar baterias para armazenamento de energia, e resolver de vez este parasitismo das eletricas Portuguesas. Quem souber como resolver este assunto agradeço que neste forum deixe o seu contacto, que depois eu comunico. podem ser empresas dom sector fotovoltaico ou qualquer pesoa habilitada para o efeito. Obrigado.
  • Helder
    28 dez, 2017 Ovar 11:24
    Tal como o Sr. Mário Maio já disse, tenho igualmente a potência contratada de 6.9 KVA. Preço do kWh baixou 2% mas a potência subiu 24% !!! Ou seja, vou pagar mais 2.20€ Impostos por mês. O que a taxa de potência subiu, ultrapassa por completo qualquer ganho que a baixa do preço do kWh vem trazer. Como é possível, com isto, dizerem que a electricidade baixa? Vai subir e muito, para muita gente!
  • Magda
    28 dez, 2017 Lisboa 10:43
    Em Janeiro vai aumentar tudo e ponto. Esses números cozinhados que ninguém entende, só servem para atirar poeira para os olhos dos mais inocentes e para os crentes e fanáticos pelos seus partidos. Para mim só conta o dinheiro que me vem à mão e há 14 anos reformada nunca tive um aumento, mas sim redução. Ganho bem menos agora do que quando me reformei. Mas é normal. Este governo a 1ª. coisa que fez, foi dar ao tribunal Constitucional as subvenções que o outro governo tinha tirado, com retroactivos de 4 anos e mando-os de férias. Agora dá aos Partidos 1,5 milhões e perdão fiscal incluído. Está-se bem, pois o dinheiro dos contribuintes dá para tudo, menos para os próprios contribuintes. Que vergonha!!!!!. Pergunto??? Onde está o PCP?? o BES?? o Tribunal Constitucional???? a DECO ??? e outros Afins?????????
  • 27 dez, 2017 Forte da casa 21:42
    Parabéns
  • Mário Maio
    27 dez, 2017 Aveiro 19:13
    Não percebo como é que a fatura da energia elétrica desce. Recebi uma carta em que o preço do KWh consumido desce dos 0,1652 € para os 0,1619 € mas em contrapartida a potência contratada de 6,9 KVA sobe dos 0,3063 €/dia para os 0,3794€/dia. Ou seja o consumo desce 2% e a potência sobe 24%, o que quer dizer que quem consumir menos de 12Kwh dia vê a sua fatura da energia aumentar e não diminuir. Digam-me se estou errado. Obrg.
  • Ana
    27 dez, 2017 Lisboa 18:15
    Tudo aumenta e desde 2009 que o meu ordenado em vez de ser aumentado desceu 300 pelo IRS e contribuiçoes!!! E neste aspeto nada muda....

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