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CTT. Greve teve adesão de 70%, dizem sindicatos, ou 17% diz empresa

22 dez, 2017 - 20:10

Funcionários exigem melhores condições de trabalho e pela salvaguarda dos postos de trabalho e da qualidade do serviço prestado.

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Os trabalhadores dos CTT terminaram uma greve de dois dias com uma adesão média de cerca de 70%, segundo o sindicato, que a empresa diz não ter causado transtornos no serviço prestado à população porque apenas encerrou uma loja.

O secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), Vítor Narciso, disse à agência Lusa que a paralisação teve uma adesão média que rondou os 70%.

Nos serviços centrais e de apoio a adesão foi inferior, mas "no tratamento e distribuição de correspondência foi muito boa", disse o sindicalista.

"Tivemos uma adesão muito boa, mas o principal objectivo da paralisação já foi conseguido pois o futuro do serviço prestado pelos correios tem sido discutido nos últimos dias e já fomos ouvidos na Assembleia da República", salientou.

Vítor Narciso prevê que a greve de dois dias agrave o atraso já existente na distribuição de correio devido à falta de pessoal, mas sem que a população se aperceba.

"Já ninguém nota os efeitos de dois dias de greve pois o atraso na distribuição de correspondência é permanente, devido à degradação do serviço causada pela falta de pessoal", disse o líder do SNTCT, filiado na CGTP.

De acordo com a empresa, a paralisação quase não afectou o funcionamento dos correios, porque registou apenas uma adesão de 17%, que levou apenas ao encerramento de duas das 608 lojas CTT na quinta-feira e de uma loja hoje.

A greve de dois dias, por melhores condições de trabalho e pela salvaguarda dos postos de trabalho e da qualidade do serviço prestado à população, foi também convocada pelo Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Media e Serviços (SINDETELCO), filiado na UGT.

Na terça-feira, os CTT, que empregam 12 mil trabalhadores, dos quais cerca de sete mil são da área operacional (rede de transportes, distribuição e carteiros), divulgaram um plano de reestruturação que prevê a redução de cerca de 800 postos de trabalho nas operações da empresa ao longo de três anos, devido à queda do tráfego do correio.

De acordo com o SNTCT, a Comissão Executiva dos CTT informou os representantes dos trabalhadores de que pretende reduzir o número de trabalhadores, entre 600 e 700, durante os próximos três anos, com especial incidência em 2019 e 2020.

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