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Piratas informáticos roubaram milhares de dados em Portugal

21 dez, 2017 - 07:20

Foram roubados e-mails e passwords de funcionários de bancos, de hospitais e de áreas sensíveis da administração pública como ministérios e tribunais.

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Piratas informáticos roubaram milhões de dados em Portugal. “É provavelmente a maior fuga de informação pessoal de que há memória” no país, escreve a revista “Sábado”.

Uma investigação divulgada esta quinta-feira revela que estão a circular na Internet em duas “gigantescas listas” com endereços de emails e respectivas passwords de funcionários públicos, quadros de bancos, empresas do PSI-20, hospitais, transportadoras e clubes de futebol.

As listas incluem ainda dados de funcionários de entidades pertencentes a áreas sensíveis da administração pública, como de ministérios, Forças Armadas, Parlamento e juízes.

As informações, diz a revista, terão sido recolhidas “nos últimos anos” em ataques a redes sociais e outros sites que impliquem um registo com um email e uma password.

A Polícia Judiciária, confrontada com os resultados da investigação, decidiu abrir um inquérito para apurar o que está em causa.

Caso preocupante que deve ser encarado com serenidade

Para o especialista em segurança Rodrigo Adão da Fonseca a divulgação desta lista deve ser factor de preocupação para a instituições envolvidas.

"É um caso preocupante, mas que devemos encarar com serenidade no sentido de termos, nas nossas organizações, as melhores práticas para garantir que estas acções se tornem pouco eficientes", defende o especialista, ouvido pela Renascença.

Recusando uma origem centralizada deste ataque mas sim a exploração "de várias falhas", "descentralizada", onde os dados são roubados para que depois "a comunidade hacker se dedique a catalogar, em colaboração, a informação recolhida", o especialista deixa algumas recomendações para evitar que este roubo de dados possa interferir na vida das organizações, entre as quais a mudança regular de password, bem como cuidados acrescidos quando se acede à internet em redes públicas - tendencialmente mais vulneráveis.


Comentários
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  • Filipe
    22 dez, 2017 évora 02:29
    Quem não deve não teme e as passwords roubadas podem fazer parte do passado , pois alterar uma password se faz em 10 segundos e logo aparece uma nova ainda não roubada ...
  • André
    21 dez, 2017 Lisboa 11:16
    Por acaso, vi uma dessas listas à venda por 100000 euros onde davam como exemplo o email do primeiro-ministro. Só que existia um problema, no exemplo que davam o email do primeiro ministro era um email governamental com a extensão correcta mas, com a data de verificação de Julho de 2015. Ora, como é que era possível o email Antonio.costa.PM@gov.pt existir nessa data? Talvez fosse para despistar e existirem dados verídicos dentro do ficheiro com 24000 emails mas, o exemplo era falso.
  • JP
    21 dez, 2017 Olhão 10:07
    Foram assaltadas redes informáticas e retirada informação privada só que por acaso parte do roubo foi cair na secretária do J que por sua vez enviou para o parceiro que depois passou a coleta para os amigos da comunicação social que por acaso caiu na secretária de jornaleiros adeptos dos tais clubes.
  • Juzze do vale
    21 dez, 2017 Porto 08:36
    Ok.. finalmente.. encontrada a fonte do chico da jota das marques....

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