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António Costa: “Não é nossa intenção nacionalizar os CTT”

20 dez, 2017 - 15:29

Perante a intenção dos CTT em cortarem 800 trabalhadores, primeiro-ministro manifesta preocupação, mas diz que ainda não recebeu nenhum plano de reestruturação.

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O Governo não tenciona nacionalizar os CTT, afirmou o primeiro-ministro, António Costa, durante o debate quinzenal desta quarta-feira no Parlamento.

“Não é nossa intenção nacionalizar os CTT”, declarou António Costa em resposta a uma questão levantada por Hugo Soares, do PSD, remetendo para o regulador, a Anacom, qualquer eventual alteração ao contrato de concessão.

Sobre a intenção dos CTT de cortar 800 trabalhadores nos próximos três anos, o chefe do Governo diz que ainda não recebeu qualquer plano de reestruturação, mas assumiu preocupação com o presente e o futuro da empresa.

Para António Costa, o importante é que o serviço postal universal continue a ser prestado.

O primeiro-ministro explicou que tem "visto as notícias nos jornais" e recordou que "há duas formas essenciais relativamente a redução de pessoas".

"Uma não tem qualquer intervenção do Governo, que é a figura do despedimento coletiva. Outra é, no quadro da reestruturação, o aumento da quota das rescisões por mútuo acordo. Não nos chegou nenhum pedido até agora de aprovação de aumento da quota legalmente prevista para qualquer rescisão por mútuo acordo", sublinhou.

António Costa recordou que "o Governo criou já um grupo de trabalho, conjuntamente com os governos regionais, com a ANAFRE [Associação Nacional de Freguesias] e com a Associação Nacional de Municípios para avaliar a forma como está a ser executado o serviço do CTT no seu dia a dia".

Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, alerta que “o Governo não pode esperar para salvar os CTT quando os accionistas estão a fazer tudo para os destruir".

"Os accionistas estão a pilhar os CTT. Os CTT servem o país se forem públicos”, disse a líder bloquista na sua intervenção inicial.

Na sua intervenção, o líder parlamentar socialista, Carlos César, acusou o anterior Governo PSD/CDS de ter privatizado os CTT sem garantias de serviço público e de defesa dos trabalhadores.

"Para o CDS, que anunciou, cito, 'o falhanço rotundo da política económica', temos o 'par de óculos', para lhe devolver, que a sua líder [Assunção Cristas] nos ofertou há precisamente um ano nesta Assembleia da República. Ao PSD, que, também aqui, dizia que 'não estaremos no Natal de 2017 com as melhores razões para comemorar o ano político que então terminará', lembramos, pela milésima vez, que mil vezes se enganaram, e que, assim continuando, mil vezes se enganarão", disse Carlos César.

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  • Rui
    20 dez, 2017 Lisboa 22:07
    Os acionistas querem os dividendos independentemente dos lucros obtidos o que acham que vai acontecer, depois queixem se das greves e dos sindicatos por o governo ter que ir resgatar a um custo muito mais elevado quando podia ter evitado o pior.
  • Antonio Ferreira
    20 dez, 2017 Porto 18:46
    É muito interessante ler estas notícias ! Agora querem nacionalizar os CTT ? Porquê ? Qual a diferença ? Eu que sempre fui e sou contra a nacionalização dos sectores fundamentais da economia, tais como: a EDP, os SMAS, os CTT, etc., mas neste momento não vejo diferença, nenhuma, no privado e no público. Senão vejamos ! As empresas de fornecimento de água, municipais, passaram a cobrar mais dinheiro, acrescentando taxas e mais taxas e outros itens que fazem subir a factura, para o dobro e triplo. Que diferença há entre uma ; pública e uma privada ? O contribuinte ganha com isso ? Neste caso não. E a EDP ? Outra empresa, mas privada, que continua a receber subsídios do Estado, tem a factura energética mais baixa ? Não pelo contrário. E apesar da ´´ dita ´´ concorrência o sistema parece mais um ´´ cartel ´´ do que um sistema de concorrência, propriamente dito. Por isso , sinceramente já não me preocupa nada se é pública ou privada, uma vez que o princípio que distinguia uma empresa pública de uma privada, desapareceu. Umas empregam os ´´ boys ´´ dos partidos, outras empregam os ´´ ditos ´´ reformados dos partidos da 3a. geração, para exercerem a pressão necessários sobre os governantes, respectivos. Resumindo ! O contribuinte não ganha nada com qualquer destas opções, embora alguns parlamentares precoces, continuem com o ....bla...bla...bla, para se entreterem na AR, na prática o essencial nunca muda.
  • antonio casmarrinha
    20 dez, 2017 grandola 16:38
    Ora nem mais , nacionalizar nunca, privatizar sim , sempre foi a palavra de ordem do Partido Socialista. pouco importa que os CTT não estejam a cumprir o contrato, que o serviço publico continue a piorar, que a situação dos trabalhadores se continue a degradar, para o PS tudo isso pouco importa. Em questões pontuais que não mexam com a superestrutura do capital , ate podem aceder porque a isso são obrigados, mas nas questões essenciais ai não há cedências.
  • ESQUERDA POPULISTA
    20 dez, 2017 Lx 16:02
    Assim se vê a força do Bloco de Esterco e dos amigos de ocasião da esquerdalha bafienta unida na desgraça e na mentira em que se tornou este país com gente deste calibre...
  • COSTA DEMAGOGO
    20 dez, 2017 Lx 15:55
    O maior pantomineiro e vendedor da banha da cobra travestido de governante este kamarada Kosta. Um governo que navega à vista e sem estratégia. <
  • ESQUERDELHOS TANGA
    20 dez, 2017 Lx 15:48
    A kamarada Katrina aperta o derrotado kamarada Kosta...É o que dá quando os derrotados se unem em coligação negativa. Kosta aguenta que é serviço e agora vais sofrer a bom sofrer com os teus kamaradas de ocasião...
  • ENGOLEM SAPOS...
    20 dez, 2017 Lx 15:40
    Sai mais um sapo para os kamaradas do PCP e do Berloque de Esquerda caviar...Os xuxas refém dos interesses capitalistas kamaradas..:Há que fazer greve todos os dias até destruírem a empresa.Depois o Estado dá-lhes colinho durante um certo tempo e depois vão pedir emprego aos esquerdelhos da tanga...É só rir com estes esquerdistas da tanga ...

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