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Arcebispo de Évora impele cristãos a saírem da sua zona de conforto

19 dez, 2017 - 10:21 • Rosário Silva

“Comecemos por abrir os olhos e os ouvidos. Reparemos nas carências de vária ordem que existem à nossa volta”, pede D. José Alves.

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“O Natal convida-nos a sair da nossa zona de conforto para irmos ao encontro de quem precisa da nossa presença e da nossa vida”. É o convite que o Arcebispo de Évora deixa na mensagem de Natal à diocese, enviada à Renascença.

As “palavras sábias, gestos fraternos e acções de misericórdia” trazidos por Jesus, são, segundo o prelado, procedimentos “onde se reconhece a genuína celebração do Natal”.

Todas as formas de celebrar o Natal são genuínas, reconhece D. José Alves, mas há “muitas celebrações natalícias que se afastam” de uma “perspectiva da fé”, acentuando apenas “manifestações festivas, valorizam o convívio familiar, concentram-se no lazer e no descanso”.

Celebrar sómente desta forma, escreve, “esvazia o Natal do seu sentido original e autêntico”, pois “o Natal cristão celebra o nascimento de Jesus, o Salvador, prometido na aurora dos tempos, anunciado pelos profetas, nascido da Virgem Maria, na “plenitude dos tempos”, na pequena cidade de Belém”.

Actualizando esta mensagem, o arcebispo refere que Jesus “continua a nascer”, mas “não em grutas” e, sim, “nos corações daqueles que lhe abrem a porta”.

D. José Alves chama a atenção para as situações “de carência económica, de abusos de confiança, de atropelos à justiça social, de desrespeito pela dignidade humana” que continuam a minar a sociedade. Daí que, prossegue, “a celebração do Natal perderá o seu sentido original se ignorarmos as carências que existem à nossa volta e permanecermos fechados no nosso pequeno mundo”.

A convocatória é feita: “O Natal convida-nos a sair da nossa zona de conforto para irmos ao encontro de quem precisa da nossa presença e da nossa ajuda”.

D. José Alves pede à diocese que “comece por abrir os olhos e os ouvidos”, reparando “nas carências de vária ordem que existem à nossa volta” e ouvindo “os clamores que se levantam perto de nós.”

O prelado lembra que “Deus ouviu o clamor do povo e veio ao seu encontro”, concluindo que “ouvir as suas vozes é ouvir a voz de Cristo”.

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