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Governo vai acabar com fases de combate a incêndios

15 dez, 2017 - 18:36

“Como dramaticamente vimos em 2017, as duas ocorrências de maior gravidade decorreram fora da chamada Fase Charlie”, a mais crítica, diz o ministro da Administração Interna.

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O Governo vai eliminar as fases de combate aos incêndios florestais na nova directiva operacional a sair até ao final do ano, anunciou esta sexta-feira o ministro da Administração Interna (MAI).

Eduardo Cabrita, em declarações na Ericeira, explicou a medida com o facto de, “como dramaticamente vimos em 2017, as duas ocorrências de maior gravidade decorreram fora da chamada Fase Charlie”, a mais crítica.

O governante referia-se ao incêndio de Pedrógão Grande, que deflagrou a 17 de Junho, e aos grandes fogos de 15 de Outubro, que no total fizeram mais de uma centena de mortos.

“Temos de ter uma presença muito significativa ao longo de todo o ano e sobretudo uma grande flexibilidade na resposta do dispositivo", em termos de meios aéreos, admitiu o governante, que falava à margem da sua primeira inauguração de um posto da GNR.

O dispositivo em vigor prevê várias fases de combate a fogos florestais, disponibilizando meios em função das épocas do ano, sendo a mais crítica a fase Charlie, que decorre entre 1 de Julho e 31 de Setembro.

Na quinta-feira, o Governo autorizou em conselho de ministros 60 milhões euros para a contratação de 50 meios aéreos de combate a incêndios florestais para 2018 e 2019, mais nove aeronaves do que em anos anteriores, e o lançamento de um concurso público internacional para o efeito.

Dos 50 meios aéreos, 14 (10 helicópteros ligeiros e quatro aviões anfíbios médios) vão estar disponíveis todo o ano, um dos quais em permanência na Madeira.

Questionado sobre quando os meios aéreos vão ficar disponíveis, o MAI explicou que [o concurso] "será lançado com toda a urgência", mas assegurou que, "caso o concurso não esteja eventualmente concluído e exista a indicação de circunstâncias excepcionais", o Governo e a Autoridade Nacional da Protecção Civil "não deixarão de recorrer aos mecanismos de urgência", garantindo os meios necessários para o combate.

Os meios aéreos "voarão mais horas, em todas as horas de luz. Além de água, usarão também gel e material retardante, que é uma nova técnica que em Portugal não era normalmente usada e que integrará as características do concurso", especificou Eduardo Cabrita.

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