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​Pedrógão Grande. Falta de informação atrasou pedidos de indemnização

13 dez, 2017 - 18:09

Em declarações à Renascença, a presidente da Associação de Familiares das Vítimas de Pedrogão Grande explica que só agora tiveram acesso a um dos critérios.

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A Associação de Familiares das Vítimas de Pedrogão Grande afirma que só agora teve acesso à informação necessária para pedir as indemnizações.

A provedora de Justiça afirmou, esta quarta-feira, que só é paga a indemnização aos familiares, com a apresentação do requerimento, e que este é um processo de adesão voluntária.

Em declarações à Renascença, Nádia Piazza, presidente da Associação de Familiares das Vítimas de Pedrogão Grande, explica que só agora tiveram acesso a um dos critérios.

“Se é importante, se está patente como critério o conhecimento da circunstância da morte das pessoas, se está no requerimento, e muito bem, esse descritivo, então nós tínhamos de ter tomado conhecimento primeiro”, defende Nádia Piazza.

Para a associação, não faz sentido perguntar porque é que ainda ninguém apresentou o requerimento de indemnização, uma vez que só agora as famílias tiveram acesso aos dados.

Essa informação consta do capítulo 6 do relatório de Pedrogão, que só na semana passada começou a ser divulgado às famílias das vítimas.

Já da parte da associação que representa as vítimas dos incêndios de Outubro, Luís Lagos avança que devem começar a apresentar os pedidos de indemnização ainda esta semana.

Há uma questão que preocupa: não existe, neste caso, um relatório que identifique as circunstâncias das mortes.

“Não há neste momento um relatório feito com a comissão técnica independente em relação aos fogos de 15 e 16 de Outubro. Esse trabalho está todo por fazer. A comissão foi nomeada, mas só vai concluir o seu trabalho no final de Janeiro. Parto do princípio que a senhora provedora tomará como boas as informações que serão prestadas pelos familiares das vítimas”, afirma Luís Lagos.

O Governo devia pagar, logo, o valor mínimo das indeminizações, 70 mil euros, e depois acertar, caso a caso, com as famílias dos incêndios de Outubro, defende Luís Lagos.

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  • Filipe
    13 dez, 2017 évora 20:36
    Eu espero que as famílias ou representantes das vítimas não entreguem qualquer requerimento ! O que estão a fazer a seres humanos mortos a consentimento do Estado , é uma autêntica feira de valores por cabeça morta ! Nem a Provedoria de Justiça devia se ter metido nesta venda de mortos ! O que tem de fazer os representantes é reclamarem valores devidos junto dos tribunais , é para isso que existem ! Por exemplo . O caso de Santa Maria na cegueira por troca de medicamentos e ficaram vivas as pessoas , fale-se aqui em 200 e tal mil euros e em Pedrógão só 70 mil ? Mas que raio que não vejo ninguém pregar um murro na mesa e acabar com esta feira de mortos a preço de saldo ? http://expresso.sapo.pt/dossies/dossiest_actualidade/dossie_cegueira_santa_maria/santa-maria-cegos-aceitaram-indemnizacoes=f578829
  • COSTA PANTOMINEIRO
    13 dez, 2017 Lx 19:25
    Palavra dada do pantomineiro kamarada Kosta não é honrada...Triste demais para ser verdade.O Governo deveria colcoar os funcionários públicos numa carrinha e que se deslocassem até Pedrógão para ajuadar as pessoas a resolver a questão.O Estado falhou e deve ser ele a incomodar-se dirigindo-se ao encontro das pessoas. E não o contrário até porque a maior parte das pessoas são idosas e sem meios para vir a Lx...Estes esquerdelhos falam nos mais pobres e deposi têm dislates desses...

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