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Trabalhadores da PT avançam ainda este ano com acções em tribunal contra Altice

11 dez, 2017 - 20:52

Trabalhadores recolocados noutras empresas mantêm os direitos laborais que tinham na PT mas apenas durante 12 meses, pelo que os sindicatos temem que possa haver despedimentos terminado esse prazo.

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Os funcionários da PT que foram transmitidos para outras empresas começarão a pôr os primeiros processos em tribunal contra a Altice até dia 22 deste mês, disseram esta segunda-feira dirigentes dos sindicatos representativos destes trabalhadores.

As primeiras acções judiciais serão relativas aos 37 trabalhadores da área da informática da PT Portugal cujos contratos de trabalho foram passados para a empresa Winprovit, através do recurso a uma figura legal da "transmissão de estabelecimento".

"Vai dar entrada até ao próximo dia 22 [de Dezembro] o processo relativo à Winprovit, metido pelo Sinttav e STPT", disse hoje o porta-voz dos sindicatos dos trabalhadores da PT, Jorge Félix, aos jornalistas.

Do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (Sinttav) são 15 os trabalhadores que vão interpor acções em tribunal e do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom (STPT) deverão ser dois os funcionários que avançam com processos legais.

As acções são tanto contra a PT/Meo como contra a empresa para a qual foram transferidos, sendo o objetivo dos trabalhadores a reversão do processo pelo qual mudaram de empresa e o regresso ao seu local de trabalho original da PT.

As acções relativamente aos outros trabalhadores abrangidos por esta decisão da PT serão colocadas em tribunal já em 2018.

A operadora de telecomunicações PT, detida há dois anos pela francesa Altice, tem sido alvo de protestos por motivos laborais.

No verão provocou muita polémica a mudança de 155 funcionários da PT para outras empresas – Tnord, Sudtel, Winprovit e ainda Visabeira –, recorrendo à figura jurídica de transmissão de estabelecimento. Destes, 27 já rescindiram contrato com a empresa.

Os trabalhadores que passaram para outras empresas mantêm os direitos laborais contratuais que tinham na PT mas apenas durante 12 meses, como definido na lei, pelo que os sindicatos temem que possa haver despedimentos terminado esse prazo.

Dos 128 trabalhadores que eram da PT e que estão agora noutras empresas, nem todos decidiram que vão avançar com processos em tribunal.

Dos que avançarem, cada sindicato irá pôr os processos relativamente aos seus associados, ainda que a estratégia jurídica a usar tenha sido decidida em comum entre os advogados dos sete sindicatos.

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