Tempo
|

Terça à Noite

“Antevejo uma decisão difícil” de Cavaco Silva

18 dez, 2012 • Raquel Abecasis

Luís Palha lembra que o Chefe de Estado não pode ignorar a Constituição e acrescenta que o país não tem alternativa senão “aguentar” os sacrifícios.

“Antevejo uma decisão difícil” de Cavaco Silva
Mandar ou não mandar o Orçamento de Estado para o Tribunal Constitucional? Pedir uma fiscalização sucessiva ou preventiva do documento? Luís Palha da Silva, director da campanha de Cavaco Silva, não tem dúvidas de que qualquer que venha a ser a decisão do Presidente da República, será uma decisão "muito difícil". O chefe de Estado tem de "meditar sobre o assunto", mas Luís Palha acredita que a atitude do Presidente "vai ter muitas críticas", independentemente do que vier a ser decidido.

O director da campanha presidencial de Cavaco Silva antevê uma decisão muito difícil do Presidente sobre o Orçamento do Estado, que deve ter em conta a importância de ter em funcionamento um “instrumento” tão importante.

Em entrevista ao programa “Terça à Noite”, da Renascença, Luís Palha reconhece também que o Chefe de Estado não pode ignorar que “se a Constituição existe e o Presidente promete ser-lhe fiel, tem que meditar sobre o assunto”.

Para o actual vice presidente da GALP, é claro que o Presidente não deixará de ponderar um eventual chumbo do Tribunal Constitucional, mas, seja qual for a sua decisão,  “vai ter muitas críticas”.

Luís Palha da Silva diz também que o país não tem alternativa senão “aguentar” os sacrifícios que o ano de 2013 nos vai trazer porque a opção que temos, é “entre o mau e o muito mau” e “seguramente 2013 não vai ser o ano da viragem”.

Em relação à ideia defendida pelo Governo de obrigar as petrolíferas a distribuírem postos de abastecimento “low cost” pelo país, o vice-presidente da GALP garante que “isso não se impõe por decreto” e que as petrolíferas com as suas “políticas de descontos”, já praticam preços muito concorrenciais e garantem diversidade de escolha aos consumidores.