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Amado foi “mais interveniente” na Europa do que Portas

11 dez, 2012 • Raquel Abecasis

O centrista Filipe Anacoreta Correia, representante do movimento “Alternativa e Responsabilidade”, considera que alguma coisa está errada, quando um partido no Governo não consegue fazer passar o seu próprio Orçamento.

Paulo Portas está mais preocupado “em medir a pulsão mediática” do que em ser ministro dos Negócios Estrangeiros, acusa Filipe Anacoreta Correia, militante do CDS e representante do movimento “Alternativa e Responsabilidade”.

Em entrevista ao programa “Terça à Noite” da Renascença, Filipe Anacoreta Correia, considera muito grave o facto de Paulo Portas não ter qualquer protagonismo em matéria de política europeia, considerando que Luís Amado fez melhor.

“O ministro Luís Amado, que já viveu no tempo de execução do Tratado de Lisboa, onde não havia as reuniões ministeriais dos ministros dos Negócios Estrangeiros, era um ministro que, em termos europeus, era muito mais interveniente do que o ministro Paulo Portas.”

O representante do movimento centrista “Alternativa e Responsabilidade”, que pediu a convocação do conselho nacional do CDS da próxima quinta-feira, justificou este encontro com a necessidade de que o partido entenda qual é a estratégia a seguir.

“Se um partido no Governo não consegue fazer o seu próprio orçamento alguma coisa está mal”, afirmou Anacoreta Correia.

O militante centrista sublinha a ideia de que o partido tem que clarificar se está fora ou dentro da estratégia do Governo, considerando “muito negativo” que o CDS continue numa atitude “que sugere que este orçamento não é do CDS, mas é do PSD” e que o partido estará  cá para pedir contas.

Se a estratégia for esta, diz Filipe Anacoreta Correia, há muitos militantes que não se revêm e que “marcarão de forma clara a sua posição”, deixando em aberto a hipótese de promover uma moção de censura à direcção do partido.