21 nov, 2012 • Raquel Abecasis
Guilherme d'Oliveira Martins diz que é necessário ter claro que o Estado "não pode continuar a garantir tudo para todos" no futuro. Para assegurar que ninguém fique desprotegido na sociedade, o presidente do Tribunal de Contas refere, em declarações à Renascença, que "devemos tratar diferentemente o que é diferente".
Falando sobre o tema da próxima semana social "Estado Social e Sociedade Solidária”, Guilherme d'Oliveira Martins, que é também um dos coordenadores da iniciativa, defendeu que o Estado, nos sectores da educação e da saúde, deve garantir o acesso, mas não tem que ser o "prestador de serviço", abrindo assim a porta à entrada dos privados na prestação de serviços nos dois sectores.
Nesta entrevista ao programa "Terça à Noite", da Renascença, o presidente do Tribunal de Contas defende também que a comunidade internacional deve acabar com os "off-shores" e que "não basta pedir mais impostos - é preciso que o Estado dê contas da forma como gasta o dinheiro dos contribuintes".
Sobre os modelos económicos a seguir, Guilherme d'Oliveira Martins alertou ainda para que não se pense "que algum modelo seja baseado apenas nas exportações".