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Terça à Noite

Ataque às escolas com contrato associação é "um segundo PREC"

16 fev, 2011

Está em curso um ataque às escolas com contrato de associação e um segundo PREC (Processo Revolucionário Em Curso) para comemorar os 100 anos da República, acusa o presidente da Associação Portuguesa de Escolas Católicas.

Ataque às escolas com contrato associação é "um segundo PREC"

Em entrevista ao programa “Terça à Noite”, da Renascença, o padre Querubim Silva, que também dirige um dos colégios que até agora não assinou com o governo as alterações ao contrato de associação, diz que “já tivemos medidas pombalinas, já tivemos a primeira República, o PREC e agora temos o PREC 2 para comemorar os 100 anos da República”.

O representante das escolas católicas diz nada ter a opor a cortes desde que eles sejam feitos na mesma proporção dos decididos para o Ministério.

"Ataque às escolas com contrato de associação é um segundo PREC"

O Padre Querubim Silva acusa o Governo de estar a chantagear as escolas ao decidir não pagar o que está estipulado num contrato em vigor, pelo facto de as escolas não assinarem a adenda proposta pelo Ministério.

O director do colégio do Calvão diz que na próxima semana irá assinar a adenda, mas antes interpõe em tribunal uma acção denunciando “o incumprimento unilateral do contrato por parte do Estado”.

Negando a existência de luxos nestas escolas, o padre Querubim Silva diz que nestes estabelecimentos “a sociedade civil dá um contributo que o estado não estimula nas suas escolas” e garante: “há uma intenção premeditada com estas medidas de asfixiar o ensino particular”.

O Padre Querubim Silva diz ainda que considera que o Presidente da República foi enganado ao assinar o decreto-lei que previa as alterações aos contratos, porque “o Presidente não podia prever que no dia seguinte uma portaria viesse extravasar o âmbito do decerto-lei”.

Raquel Abecasis