11 abr, 2012
Em Portugal e na Europa está a faltar uma visão de futuro, defende Rui Vilar, presidente da Fundação Gulbenkian, em declarações ao programa "Terça à Noite" da Renascença.
No âmbito das comemorações dos 75 anos da Emissora Católica, os presidentes de três Fundações de referência do nosso país debateram “As razões para acreditar em Portugal”.
Rui Vilar diz que é preciso "parar para pensar" para encontrar uma saída para o actual momento conturbado e de crise que assola o "Velho Continente".
“O que era preciso era, talvez, parar para pensar, porque nós estamos a viver sob um peso excessivo do curto prazo, das políticas de curto prazo, das políticas reactivas e está em Portugal, mas também na União Europeia, a faltar visão de futuro, visão de conjunto, os desígnios que são mobilizadores e que são capazes de ultrapassar a situação actual”, adverte.
Carlos Monjardino, presidente da Fundação Oriente, diz que “falta uma Europa política”, que permita esbater as assimetrias entre os vários Estados-membros em matéria de desenvolvimento económico.
Por sua vez, Maria de Lurdes Rodrigues, presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), diz que o país tem de repensar a sua relação com os portugueses na diáspora.
“A questão da Língua tem de ser olhada como um património, um activo com valor económico que tem de ser potenciado e isto é muito importante para a criação de redes, não apenas na diáspora tradicional, mas nestas diásporas mais qualificadas que podem ajudar o país a potenciar, também, o sistema científico”, defende Maria de Lurdes Rodrigues.