28 fev, 2012 • Liliana Monteiro
Os magistrados portugueses não são ensinados a resistir a pressões, admite o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), em entrevista ao programa “Terça à Noite” da Renascença.
João Palma sublinha que os tempos actuais exigem uma maior preparação dos procuradores, que lideram as investigações no terreno, e que essa preparação deve constar da formação dada no Centro de Estudos Judiciários (CEJ).
Ao mesmo tempo, João Palma sublinha que a independência e resistência a pressões no trabalho do dia a dia dos magistrados são um pilar fundamental do Ministério Público.
Na entrevista ao programa “Terça à Noite” da Renascença, o presidente do SMMP defende ainda que a lei de política criminal criada pelo anterior Governo socialista nunca serviu para nada e teve apenas como objectivo controlar a investigação em Portugal.
João Palma defende, por isso, o fim da lei de política criminal e a atribuição de mais meios para que quem anda no terreno possa investigar sem limites.
Quanto à escolha do novo procurador-geral da República, João Palma, sem querer falar em nomes, confessa que uma pessoa desconhecida publicamente e com garra para mudar a liderança do Ministério Público seria uma boa escolha.