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Terça à Noite

Portugal "não tem forma" de aliviar a carga fiscal das empresas

14 fev, 2012 • Vera Pinto

Em entrevista ao programa “Terça à Noite”, da Renascença, o presidente da AICEP reconhece que o Governo ainda não tem instrumentos de política financeira, orçamental e económica para mexer neste assunto.

Portugal "não tem forma" de aliviar a carga fiscal das empresas
Em entrevista ao programa “Terça à Noite” da Renascença, o presidente da AICEP reconhece que o Governo ainda não tem instrumentos de política financeira, orçamental e económica para mexer neste assunto.

O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Pedro Reis, admite que existe uma elevada carga fiscal para as empresas e que isso implica perda de competitividade, mas diz que o país vai "ter de viver com isso nos próximos tempos".

Em entrevista ao programa “Terça à Noite”, da Renascença, Pedro Reis reconhece que o Governo ainda não tem instrumentos de política financeira, orçamental e económica para mexer neste assunto e que por isso essa será a última bandeira a ser conquistada no âmbito do programa de reestruturação do país.

Pedro Reis diz que os próximos dois a três anos vão ser difíceis, vão implicar o encerramento de muitas empresas e que “são tempos de purgatório da economia mundial”.

Quanto a Portugal, o presidente da AICEP considera que este período é também de reciclagem: "acabam muitas empresas que existiam artificialmente", ou seja, viviam com base em subsídios, em endividamento, e dão agora lugar a outras. “A renovação permite revitalizar o serviço económico”, refere.

Pedro Reis revela também que Portugal dificilmente vai estar representado na Expo 2012, na Coreia do Sul. O presidente da AICEP explica que que os recursos são escassos e que é preciso geri-los da melhor forma. Apesar de a Coreia do Sul e do mercado asiático serem "um mercado atractivo", o presidente da AICEP afirma que o país "tem de ser consciente no uso dos recursos".

Por outro lado, Pedro Reis explica que São Paulo, no Brasil, Madrid, em Espanha, e Berlim, na Alemanha, estiveram alguns meses sem um responsável máximo da AICEP, mas diz esperar que a situação seja "resolvida muito em breve".

A AICEP vai também abrir três novos centros de negócios: um em Bogotá, na Colômbia, outro em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, e outro em Nova Deli, na Índia.