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"Em Portugal, não há doutores nas empresas"

16 set, 2014 • Raquel Abecasis

O maior problema que as universidades enfrentaram durante os últimos anos foi o ataque à autonomia universitária, em nome da austeridade, afirma o presidente do Conselho de Reitores, em entrevista à Renascença.

"Em Portugal, não há doutores nas empresas"
No dia em que abre a segunda fase de candidaturas ao ensino superior, o presidente do Conselho de Reitores afirma, em entrevista ao programa da Renascença Terça à Noite, que “temos dos melhores números de doutores da União Europeia, mas não temos doutores nas empresas”. António Rendas diz ainda que o maior problema que as universidades enfrentaram nos últimos anos foi o ataque à autonomia universitária, em nome da austeridade.

Portugal tem "dos melhores números de doutores da União Europeia, mas não temos doutores nas empresas", afirma o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) em entrevista ao programa Terça à Noite da Renascença.

António Rendas reconhece, numa altura em que decorre a segunda fase de candidaturas ao ensino superior, que este é um problema que precisa de ser resolvido.

"Os mais novos têm que perceber que, para lá das perguntas de carácter científico, eles têm que olhar para o país, têm que ter uma responsabilidade social para poderem contribuir para o desenvolvimento do país", defende.

Para o presidente do CRUP, o maior problema que as universidades enfrentaram durante os últimos anos foi o ataque à autonomia universitária, em nome da austeridade.

António Rendas diz que a luta pela autonomia universitária "consumiu tempo precioso" às universidades, que deveria ter sido usado na modernização da academia.

O reitor da Universidade Nova reconhece que, agora, o clima está mais calmo mas, quanto ao Orçamento de 2015, refere: "Vamos ver o que vai acontecer, porque não gostaria que nos acontecesse o que aconteceu no ano passado, em que entre a Gomes Teixeira e o Parlamento houve um corte de 2,5%".