Seguro: “A minha candidatura não foi negociada nos corredores do poder”

Em entrevista à Renascença, o deputado socialista garante que não é o candidato do aparelho, mas sim o candidato das bases e dos militantes do PS.

“Rio-me quando dizem isso, porque eu o sou candidato dos militantes do Partido Socialista. A minha candidatura, ao contrário do que acontece muitas vezes no Partido Socialista, não foi negociada nos corredores do poder de Lisboa, surgiu das bases, dos militantes do Partido Socialista e isso dá-me um enorme orgulho.”

Sobre a proposta do adversário Francisco Assis de abrir a não militantes a escolha dos candidatos do PS através de primárias, como acontece por exemplo nos Estados Unidos, António José Seguro manifesta a sua oposição.

“Se deixa de haver direitos entre um eleitor e um militante do Partido Socialista, qual é a razão de uma pessoa se inscrever num partido, neste caso no PS?”, questiona. “Eu quero um Partido Socialista de militantes e de eleitores”, sustenta.

Para o antigo líder da JS, os portugueses estão cansados das críticas só porque as medidas são de outros partidos e garante que consigo isso não vai acontecer.

“Olharei para as propostas do Governo, como dos partidos à nossa esquerda, pelo seu mérito e não pelos seus autores. Os portugueses estão cansados daquela clivagem partidária que é feita só porque a iniciativa vem de um partido diferente. Isso tem que acabar”, defende.

A propósito da crise que a Europa atravessa, António José Seguro diz que esperava mais do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.

“Às vezes ficou com a ideia – se estou errado peço desculpa – que ele [Durão Barroso]está muito refém daquilo que a Sra. Merkel pensa e eu gostaria que ele tivesse mais autonomia, mais capacidade de iniciativa”, remata António José Seguro.