14 jun, 2011
Em entrevista ao programa Terça à Noite, da Renascença, Celeste Cardona diz que foi um erro, com consequências graves para o país, a saída de Durão Barroso do Governo.
“Se isso não tivesse acontecido, teríamos ganho as eleições seguintes e o país não estaria hoje nas condições em que se encontra”, argumenta.
Nesta entrevista, a ex-ministra da Justiça diz ainda esperar que não haja férias judiciais este ano, porque “a situação é gravíssima” e porque o país não pode falhar as metas do memorando de entendimento no que se refere à justiça. “Espero que os primeiros relatórios sobre a situação nos tribunais já estejam feitos”, refere.
Celeste Cardona defende que um aumento da carga horária em vez da diminuição da taxa social única (TSU). “Esta é uma medida que consegue os mesmos efeitos de tornar a economia mais competitiva” sem se ter que fazer uma baixa da TSU, “que para ter efeito teria sempre de ser de 8%”. Esta jurista diz que é praticamente impossível compensar essa descida, pelo que mais vale optar pela medida alternativa de aumento da carga horária.
A ex-ministra do CDS espera que o Governo que aí vem seja muito mais político e menos técnico, porque as decisões que têm que ser tomadas são políticas e não técnicas. Já quanto à integração de independentes no Governo, Celeste Cardona diz não achar que essa seja uma opção importante ou desejável.
Referindo-se às condições de uma maioria, um governo e um presidente, que estão agora criadas, Celeste Cardona não considera que essa seja uma coincidência “providencial” e diz mesmo que não espera "que o presidente venha a ter uma posição mais interventiva”.