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Seguro garante que não volta a negociar com PSD e CDS

01 out, 2013 • Raquel Abecasis

“O primeiro-ministro disse que vai manter o rumo, portanto vai sozinho”, afirma o líder do PS, em entrevista à Renascença.

Seguro garante que não volta a negociar com PSD e CDS
No rescaldo da vitória nas autárquicas, o líder do PS garante que está indisponível para voltar à mesa das negociações com os partidos de Governo. Em entrevista ao programa “Terça à Noite” da Renascença, António José Seguro diz que “o país está farto de conversas” e acrescenta: “o primeiro-ministro disse que vai manter o rumo, portanto vai sozinho”.

O secretário-geral do PS, António José Seguro, diz estar indisponível para voltar à mesa das negociações com os partidos de Governo.

Em entrevista ao programa “Terça à Noite” da Renascença, dois dias depois de ter vencido as eleições autárquicas, Seguro considera que “o país está farto de conversas” e acrescenta: “o primeiro-ministro disse que vai manter o rumo, portanto vai sozinho”.

Questionado sobre se voltaria à mesa das negociações caso essa fosse uma condição para que Portugal possa levar o programa de assistência até ao fim, Seguro reafirmou a sua indisponibilidade: “Entendimento para quê? Discordo da política do Governo e das propostas da' troika'. Desde a primeira reunião,dissemos que o programa não era realista. Temos um caminho diferente para equilibrar as contas e esses caminhos não se cruzam.”

Nesta entrevista à Renascença, o secretário-geral do PS refere-se também às negociações que ocorreram em Julho, admitindo que o CDS teve “uma sensibilidade diferente” nas reuniões que acabaram por não ter sucesso.

Seguro reafirmou que Pedro Passos Coelho não quis um entendimento em Julho e responsabilizou o primeiro-ministro por um eventual segundo resgate, algo que, garante, não deseja.

Na sua primeira entrevista depois de ter ganho as eleições autárquicas, o líder socialista garante que se chegar a primeiro-ministro não fará uma revisão constitucional.

Seguro critica o Presidente da República, Cavaco Silva, por ter escolhido a véspera das eleições para fazer apelos à mudança da legislação eleitoral. “Considero que, na véspera das eleições, deveria haver um apelo do Presidente ao voto. A intervenção não foi essa. Estranhei”, rematou.