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Terça À Noite

Presidente deve avaliar bem as consequências de não pagar subsídio de férias

18 jun, 2013

Eugénio da Fonseca tem esperança na intervenção de Cavaco Silva nesta matéria.

Presidente deve avaliar bem as consequências de não pagar subsídio de férias
O presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio da Fonseca, não entende as razões que levam o governo a não pagar agora o subsídio de férias. “As pessoas não estavam a contar com isto e estavam à espera do subsídio para pagar o IRS”, argumenta, acrescentando que ”isto pode ser o início de uma espiral de dívida”. Em entrevista ao programa Terça à Noite da Renascença, o responsável considera que o Governo tem que explicar bem porque é melhor não pagar agora.

O presidente da Cáritas diz não entender as razões que levam o Governo a não pagar o subsídio de férias. “As pessoas não estavam a contar com isto e estavam à espera do subsídio para pagar o IRS”.

Eugénio da Fonseca acrescenta que “isto pode ser o início de uma espiral de dívida”.

Em entrevista ao programa “Terça à Noite”, da Renascença, o presidente da Cáritas diz que o Executivo tem que explicar porque faz isto agora e manifesta esperança na acção de Cavaco Silva: “Acho que o Presidente da República há-de ter assessores que vejam qual é a base legal, constitucional de tudo isto e que olhe sobretudo para as implicações que isso tem na vida das pessoas”.

Numa entrevista em que apresentou um estudo da Cáritas para a promoção do emprego, Eugénio da Fonseca criticou o Governo por se manter ainda muito focado na austeridade e pediu uma mudança nos centros de emprego que deviam “ter a polivalência” necessária para ajudar os que estão no desemprego a encontrar soluções.

Aos políticos, o presidente da Cáritas deixou um apelo: é necessário que o Parlamento encontre consensos no que respeita ao combate ao desemprego e à protecção social dos mais desprotegidos.