26 abr, 2011
Em entrevista ao programa “Terça à Noite” da Renascença, o ex-ministro da Economia de António Guterres lembra que na altura o seu “mentor” lhe disse que “em política nunca se põe um número e uma data, ou se põe um número, ou se põe uma data”.
Daniel Bessa diz que “isto não bate certo para o comum dos mortais, porque as pessoas assumem compromissos que têm valor e têm data” e, conclui, “Teixeira dos Santos fez bem em ter imposto a meta dos 7%”.
Teixeira dos Santos teria pedido ajuda mais cedo, diz Daniel Bessa
Daniel Bessa considera que Teixeira dos Santos aceitou sacrificar o seu estatuto de independente e que ainda por cima “não foi compensado por isso”.
Nesta entrevista o economista defende que no futuro a classe média deve passar a pagar no Serviço Nacional de Saúde e nas escolas, à semelhança do que já acontece no ensino superior com as propinas.
Já no que respeita à legislação laboral, Daniel Bessa diz que “os empregos que falham aos mais novos, não falhariam se não fosse a legislação laboral que protege só os lugares dos mais velhos”, esta assimetria tem que ser corrigida, defende o economista que demonstra uma “grande admiração por António Chora pelo que ele sobe fazer em prol dos trabalhadores da Auto Europa.”
O actual presidente da COTEC defende ainda nesta entrevista que “é desejável” que haja uma rotação de poder nas próximas eleições e que “Luís Amado tem razão quando diz que o PS precisa de uma cura de oposição”.
Já quanto às qualidades de Passos Coelho para assumir o poder, Daniel Bessa considera que o líder do PSD tem algumas, quanto ao resto, é preciso esperar para ver.
Raquel Abecasis