05 abr, 2011
Francisco Assis defende desta forma que, se for necessário, os partidos devem entender-se antes das eleições para encontrar forma de pedir ajuda externa.
“A situação é de emergência sob vários pontos de vista porque o quadro político é aquele em que vivemos, com um Governo de gestão, não podemos ignorar essa situação a dois meses da realização de eleições. Se porventura a situação se degradar a ponto de termos que encontrar uma solução de ajuda externa é evidente que o deveremos sempre fazer na base de um consenso”, disse.
Nesta entrevista à Renascença, Francisco Assis considera que o Bloco Central não é uma carta fora do baralho num cenário pós eleitoral.
No entanto, “se a direita tiver maioria, a direita deve governar e o PS deve assumir compromissos no Parlamento, mas não participar numa solução governativa”.
O líder da bancada socialista acha ainda que a “aliança entre o PCP e o Bloco de Esquerda é o reconhecimento do falhanço do Bloco” e isso pode beneficiar eleitoralmente o PS.
Já quanto à hipótese de o PS ganhar as próximas eleições, Assis concorda que isso cria um “incómodo” ao Presidente da República, mas o PS deve ajudar o Presidente a ultrapassar esse “incómodo” e manter um relacionamento institucional correcto com Cavaco Silva.
Raquel Abecasis