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Edição da Noite

O dia em que o Governo Sócrates caiu

24 mar, 2011

O primeiro-ministro demitiu-se esta noite e acusou os partidos da oposição de "sofreguidão pelo poder" e de "estreiteza de vistas", ao terem-se unido para chumbar o Programa de Estabilidade e Crescimento.

Numa declaração, sem direito a perguntas, na residência oficial de São Bento, José Sócrates disse que o chumbo do PEC 4 "retira ao executivo todas as condições para governar".

Sócrates insinuou ainda a possibilidade desta decisão vir a precipitar a necessidade de Portugal recorrer a um pedido de ajuda externa para manter o estado a funcionar.

Na síntese das reacções da oposição, Passos Coelho disse que é agora importante devolver a palavra aos portugueses, Paulo Portas que a democracia existe para resolver problemas destes, Francisco Louçã que o país atingiu o limiar da resistência e Jerónimo de Sousa que os portugueses terão de ser chamados a pronunciar-se.

Agora as audiências com os partidos que o Presidente da República promove, sexta-feira, marcarão a primeira fase de uma crise política desencadeada pela demissão do primeiro-ministro e que deverá culminar na realização de eleições antecipadas ainda antes do Verão.

É de admitir que as previsíveis eleições legislativas antecipadas se realizem no final de Maio ou início de Junho num calendário que vai ser mais à frente nesta Emissão aprofundado pela editora de política nacional da Renascença, Eunice Lourenço.

Depois será a vez do espaço de análise e debate político Falar Claro, edição especial nesta quarta-feira em que o primeiro-ministro se demitiu, com as opiniões de José Vera Jardim e Nuno Morais Sarmento.