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A banca, as famílias e o crédito à habitação

03 mai, 2012

O presidente do BPI considera que, para tratar dos problemas de uma minoria, não se deve desequilibrar as regras do mercado do crédito à habitação e estragar a relação de confiança entre todas as partes envolvidas.

Fernando Ulrich defende que deve haver “estabilidade” nos contratos de crédito à habitação porque, para tratar de problemas de uma minoria, não se deve desequilibrar o sistema.

À margem da apresentação dos resultados da emissão de obrigações da EDP, Fernando Ulrich disse ser muito importante não perder de vista que o crédito à habitação permitiu a muitas centenas de milhar de famílias portuguesas terem habitação própria com um custo muito baixo, sendo uma vantagem da participação de Portugal no euro que não pode, agora, ser esquecida nem escamoteada”.

O presidente do BPI acentuou que, apesar de existirem casos dramáticos, “a esmagadora maioria das famílias paga as suas prestações”.

As declarações do líder de um dos principais bancos portugueses surge depois do "Jornal de Negócios" ter sugerido a possibilidade de a banca admitir a entrega de casa, para saldar dívida, em casos limite, uma notícia que surge depois do primeiro-ministro ter-se referido à questão dos créditos da habitação ontem num encontro com trabalhadores social-democratas.

A necessidade do legislador ter de intervir neste é um dos temas para o Destaque da "Edição da Noite" que contará ainda com o debate das Quartas-Feiras como Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Nuno Brás, o juiz Pedro Vaz Patto e a vaticanista Aura Miguel.