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Portugal colocado no "lixo" pelas principais agências de "rating"

13 jan, 2012

A Standard & Poor’s cortou esta sexta-feira o “rating” de Portugal em dois níveis, passando assim a nota da República para um nível já considerado “lixo”.

Esta descida havia já sido atribuída a Portugal, no passado, pelas outras duas agências de notação de referência, a Moody’s e a Fitch.

Com o corte anunciado formalmente a dívida soberana de Portugal está completamente fora da chamada escala de investimento internacional pelas três principais agências de “rating” no plano internacional.

Notícia importante desta noite é a de que, além de Portugal, dois países, até aqui insuspeitos em matéria de dívida pública, a França e a Áustria, também sofreram um corte de um nível, perdendo o seu estatuto de países com “rating” máximo de todas as agências, o chamado Triple A.

Tal como Portugal, Espanha, Itália e Chipre sofrem um corte em dois níveis. Já a Eslováquia, Malta e Eslovénia sofrem um corte em um nível.

A agência explica o corte com a opinião de que as decisões tomadas pelos líderes europeus nas últimas semanas "podem ser insuficientes" para responder aos problemas sistémicos na zona euro.

A boas notícias da noite, da Standard & Poor’s, vão para a Bélgica, Estónia, Finlândia, Alemanha, Luxemburgo e Holanda  que não sofrem qualquer corte de “rating”.

A República da Irlanda, país intervencionado pela “troika”, não vê alterado o seu “rating”, enquanto a Grécia já estava em nível considerado “lixo” e por isso não sofreu qualquer alteração.

O Destaque da “Edição da Noite” analisa das implicações desta decisão para a crise da dívida pública na Zona Euro, numa emissão onde olharemos ainda para fim da presença militar portuguesa na Bósnia-Herzegovina, trabalho de Ana Rodrigues, e onde Maria João Costa assinará mais um Ensaio Geral, o magazine semanal de cultura e espectáculos.