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Governo defende-se no "caso" das nomeações

12 jan, 2012

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, garante que tem sido coerente com a sua promessa de libertar o Estado do "amiguismo" e das "clientelas".

Foi a primeira vez que o primeiro-ministro se defendeu, em público, de críticas recentes às nomeações feitas pelo Governo.

Passos Coelho aproveitou uma conferência promovida pelo Diário de Notícias, em Lisboa, para se explicar, dizendo que o Governo alterou a forma de selecção para os lugares superiores do Estado, impondo a realização de concursos públicos conduzidos por uma entidade independente.

Por outro lado, o primeiro-ministro referiu que o Governo PSD/CDS-PP extinguiu cerca de 1700 lugares dirigentes na Administração Pública e reconduziu 80 por cento dos dirigentes superiores.

Passos Coelho reconheceu que alguns dos que foram nomeados são "figuras importantes e conhecidas da história do PSD, alguns também da história do CDS-PP", mas, irónico, disse julgar que não é crime ser militante de um partido.

Já o ministro Paulo Portas, defendeu esta noite a nomeação de Álvaro Castello-Branco, ex-dirigente do CDS-PP, como administrador da empresa pública Águas de Portugal, considerando que é uma nomeação baseada estritamente na competência profissional.

Portas disse que se trata do presidente da  Empresa Águas do Porto e que isso qualifica-o para a Águas de Portugal, porque “tem experiência e não vai à experiência".

O líder do CDS disse mesmo que, a menos que a nomeação seja criticada por uma “questão de xenofobia contra o Norte”, alguém que é presidente da Águas do Porto, que conhece o sector, é uma pessoa qualificada para a Empresa Águas de Portugal".

A questão política subjacente a estas nomeações é um dos temas para este Edição da Noite e estará, mais à frente, em análise no Conselho de Directores, com Henrique Monteiro, director editorial da grupo Impresa, Pedro Santos Guerreiro, Director do Jornal de Negócios, e Graça Franco, Directora de Informação da Renascença.