Semana decisiva para a Europa

Na carta, defendem que os governos que permitirem que os défices ultrapassem os 3% do PIB devem ser alvo de sanções automáticas e elaborar um plano para reduzir a despesa.
O documento refere que os países que continuem a desprezar as regras de despesa terão de enfrentar uma série de sanções cada vez mais rigorosas.

O compromisso de Merkel e Sarkozy, que visa reformar os tratados europeus, deve ser apresentado na quinta-feira aos chefes de Estado e do governo dos 27 países da União Europeia que vão reunir amanhã e sexta-feira, em Bruxelas, para tentar travar a crise da zona euro.
Ambos afirmam a intenção de propor que os compromissos que apresentam sejam assumidos pelos 27 estados da União, mas se isso não for possível indicam que os países da zona euro "terão que ir em frente".

Sarkozy e Merkel asseguram que as reformas que propõem se integram "na arquitectura institucional da UE" e pretendem que os líderes da zona euro se reúnam, enquanto a crise durar, uma vez por mês.
No entanto, acrescentam que outros países signatários do denominado "pacto pelo euro plus" serão convidados para participar nos debates em assuntos relacionados com a moeda única.
O presidente francês e a chanceler alemã confirmam que o Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira terá de estar a funcionar em 2012, um ano antes do previsto, para que possa "enfrentar as ameaças futuras para a estabilidade da zona euro, incluindo o risco de contágio a outros" membros do grupo.

Desta noite fica também a confirmação de uma longa conversa telefónica entre Angela Merkel e Barack Obama  para procurar uma solução credível para o euro.

Também esta noite o Ministro das Finanças, Vítor Gaspar afirmou no Parlamento que a Cimeira de Bruxelas será um momento decisivo para a renovação da moeda única. Será tema para o Destaque do Edição da Noite numa emissão onde José Ribeiro e Castro, Rui Tavares e João Assunção Ribeiro irão, mais à frente, reflectir sobre o futuro desta União Europeia.