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Portugueses vão perder feriados

11 nov, 2011

O Governo irá propor à Igreja e aos parceiros sociais a redução de quatro feriados anuais, dois civis e dois religiosos, confirmou ao início da noite, o ministro da Economia.

Álvaro Santos Pereira, na sua primeira intervenção no Parlamento durante a discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2012, disse aos deputados que o país não pode ter tantos feriados.

O ministro indicou ainda que continua em discussão na concertação social o aumento de meia hora no horário de trabalho diário como forma de aumentar a competitividade das empresas - medida tomada em substituição da muito falada redução da Taxa Social Única para os empregadores - mas que esta é "uma medida de carácter excepcional.

A intervenção de Álvaro Santos Pereira encerrou o primeiro dia de debate do Orçamento na Assembleia que começou com Passos Coelho a dizer que a proposta apresentada para as contas públicas de 2012 é muito exigente.

Ao longo do dia as atenções estiveram por maioria de razão voltadas também para Vitor Gaspar.

Apesar do ministro das Finanças defender que o ajustamento económico do programa da troika é absolutamente necessário para Portugal, Vítor Gaspar não é capaz de garantir que será suficiente para ultrapassar a actual crise.

Ou seja, mesmo que Portugal consiga executar com sucesso todo o programa, ou até ir mais longe, como no caso do corte dos dois subsídios, pode não ser suficiente para retirar Portugal da crise.

Com este pano de fundo não haverá margem de manobra para a manutenção de, pelo menos, um subsídio de Férias ou de Natal para os funcionários públicos como vem sugerindo o Partido Socialista.

Este tema irá dominar boa parte desta emissão que inclui ainda o Conselho de Directores, espaço de análise da actualidade habitualmente com Henrique Monteiro, director editorial do grupo Impresa, Pedro Santos Guerreiro, director do Jornal de Negócios, e Raquel Abecassis, sub-directora de informação da Renascença.