14 mai, 2011
Passos Coelho concentrou as críticas no PS, mas Portas, reiterando que não governará com José Sócrates, tentou apelar ao eleitorado social-democrata, apresentando o CDS como "um partido mais seguro e mais estruturado".
Na SIC, Passos Coelho disse, esta noite, que um resultado eleitoral que obrigasse a um governo PSD, PS e CDS seria "uma salada russa" sem força para resolver os problemas do país.
Já Portas lamentou a recusa do PSD em formar uma coligação pré-eleitoral e citou o apoio de Passos Coelho aos primeiros PEC e a "controvérsia" e "contradição" à volta do programa eleitoral do PSD.
Quanto à política fiscal, a taxa social única voltou a estar no centro das atenções. O líder do CDS disse concordar com o princípio mas não com a forma do PSD
Sobre a redução do número de funcionários públicos, Portas e Passos apresentaram receitas distintas. Passos citou a regra de 5 por 1, enquanto Portas defendeu rescisões por mútuo acordo com o trabalhador.
O essencial do debate Passos Coelho-Portas e as suas implicações na distribuição dos votos no espectro político à direita do Partido Socialista, estão em destaque no Destaque da Edição da Noite.
Nesta emissão ainda a reter um conselho de quem presidiu aos destinos do Brasil de 1995 a 2002: “Portugal não deve “seguir à rica” as medidas impostas pelo FMI porque se o fizer a “depressão” será mais prolongada”.
Em entrevista à jornalista Eunice Lourenço, Fernando Henrique Cardoso, presidente do Brasil de 1995 a 2002, recorda a intervenção do FMI e considera que aquela instituição está mais “razoável”.
Mais à frente, o magazine de artes e cultura Ensaio Geral, hoje transmitido em directo a partir de Guimarães do Centro Cultural Vila Flor, o equipamento cultural de referência numa Guimarães que é um dos palcos europeus da cultura em 2012, um acontecimento que já começa a deixar marcas na cidade.