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Passos anunciou ao país como vai cortar 4,8 mil milhões na despesa

04 mai, 2013

Durante o anúncio, o primeiro-ministro pediu consenso, mas António José Seguro diz que não quer.

Cerca de 26 minutos foi o tempo que durou o discurso de Passos Coelho. O primeiro-ministro explicou esta sexta-feira que já conseguiu cortar 13 mil milhões de euros na despesa pública em dois anos, mas sobretudo para anunciou onde vai buscar mais 4.800 milhões de euros nos próximos dois.

O alvo dos cortes são os funcionários públicos, os pensionistas e também trabalhadores no activo, que ficam a saber que a reforma virá cada vez mais tarde. Um discurso marcado também pela palavra consenso. Passos Coelho garantiu que o Governo está ainda disponível para ouvir todos e mesmo alterar as medidas, desde que os objectivos não mudem.

Mas o líder do maior partido da oposição, em entrevista à TVI, já disse que não quer consensos. António José Seguro reitera pedido de novas eleições.

As reacções às declarações do primeiro-ministro sucedem-se. A indignação dos sindicatos da administração pública face às medidas anunciadas por Passos Coelho é geral.

Consideram que são medidas brutais e que além de terem forte impacto na vida dos funcionários públicos e pensionistas, não vão ter qualquer resultado na recuperação da economia portuguesa. Antes pelo contrário, diz a dirigente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, Helena Rodrigues.