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Edição da Noite

“Portugal – Que futuro?”

21 abr, 2011

O Cardeal Patriarca de Lisboa apelou à "generosidade" das empresas em tempo de severa crise social, durante o segundo debate do ciclo de conferências "Portugal - Que Futuro?", que decorreu, esta noite, no auditório da Renascença.

D. José Policarpo defendeu que, "neste momento, distribuir riqueza é garantir postos de trabalho" e apelou às empresas para que não "recorressem a despedimentos".

O Cardeal Patriarca de Lisboa expressou preocupação com o "ambiente social dos que estão mesmo aflitos".

Por seu lado, Francisco Pinto Balsemão, outra das figuras neste debate, respondeu que, mesmo em "anos bons", por vezes é necessário "cortar o ramo para salvar a árvore" - ou seja, que a redução de custos de uma empresa também passa pelos despedimentos.

A falta de informação sobre a realidade do país e a falta de transparência política foram dois factores, que tanto o Cardeal Patriarca como Francisco Pinto Balsemão apontaram como barreiras à resolução dos problemas de Portugal.

Francisco Pinto Balsemão subscreve esta opinião criticando o “problema de transparência” geral, dando o exemplo da divulgação dos dados da execução orçamental – até porque “o tempo até se ter uma ideia da realidade demora muito”.

As reflexões de D. José Policarpo e de Francisco Pinto Balsemão sobre o futuro do país, no debate que decorreu, esta noite no auditório da Rádio Renascença serão ampliadas, daqui a pouco, no Destaque do Edição da Noite.

Nesta emissão ainda o apelo de D. Manuel Martins, Bispo Emérito de Setúbal a que os portugueses assumam uma cidadania mais activa aconselhando a que confrontem os políticos com a necessidade de mudanças sérias no país.

Também a análise da actualidade internacional com um olhar para a situação em Cuba, depois de mais um Congresso do Partido Comunista e em Espanha depois de Zapatero ter anunciado a sua intenção de não se recandidatar nas eleições de Março de 2012.

Edição de José Bastos.