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Edição da Noite

Portugal pede ajuda à Europa

07 abr, 2011

Governo português anunciou ter decidido dirigir à Comissão Europeia um "pedido de assistência financeira".

Numa declaração ao país transmitida esta noite, pouco minutos depois das 20h30, o primeiro-ministro demissionário afirmou que o pedido se tornou inevitável face às "ameaças ao financiamento do país" após a rejeição do Programa de Estabilidade e Crescimento.

Na declaração, que durou pouco mais de quatro minutos e não teve perguntas, José Sócrates assegurou ainda que se empenhará em garantir que "a negociação tenha os menores custos possíveis para Portugal".

O pedido, que José Sócrates não especificou que características terá, foi previamente comunicado ao Presidente da República.

A intenção de pedir ajuda externa, até agora sempre recusada pelo Governo, tinha sido admitida claramente ao final da tarde, pelo ministro das Finanças, em entrevista ao "Jornal de Negócios", considerando que o país foi irresponsavelmente empurrado para uma situação muito difícil nos mercados financeiros".

Horas antes, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, tinha dado a indicação de que "em defesa do interesse nacional, o Governo, apesar de se encontrar em gestão, poderia ter de agir em matéria de financiamento externo".

Recorde-se ainda que, há menos de 24 horas, Francisco Assis, líder parlamentar do PS, tinha dado o primeiro grande sinal já tinha admitido, em entrevista ao Terça à Noite da Renascença, que a ajuda externa seria inevitável.

Sexta-feira, em Budapeste, há uma reunião informal dos ministros das Finanças da União Europeia, e várias fontes comunitárias já dão como certo que o caso português será discutido.

Este é o tema que irá dominar a Edição da Noite onde, na segunda parte, olharemos ainda para a actualidade internacional com o anúncio da candidatura de Barack Obama à reeleição e a situação na Líbia.