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Ribeiro Cristóvão

Decisão em Janeiro

02 dez, 2014 • Ribeiro Cristóvão

Importante é cingirmo-nos a factos e a números, factores sobre os quais impende a responsabilidade de escolher o melhor jogador do mundo, tarefa que exige rigor e, sobretudo, total independência.

Chegou, sem surpresa, a notícia da escolha dos três finalistas candidatos à Bola de Ouro de 2014.
Cristiano Ronaldo, Lionel Messi e Manuel Neuer ganharam assim a primeira corrida, mas para se atingir a meta falta ainda algum tempo.

Até lá não faltará especulação, vinda mesmo de altas figuras do futebol mundial, sempre com a finalidade de tentar influenciar a decisão final.

Quanto ao Presidente da Uefa, há muito estamos conversados.
Michel Platini deixou-nos perante outro veredicto que não espanta, por se saber que os portugueses não fazem parte do seu álbum de recordações, nem sequer das suas afectividades. Mas adiante.

Importante é cingirmo-nos a factos e a números, esperando que outros também o façam, sem olhar a outros factores, seja de que ordem for.
E esses são exactamente aqueles sobre os quais impende a responsabilidade de escolher o melhor jogador do mundo, tarefa que exige rigor e, sobretudo, total independência.

Cristiano Ronaldo está a cumprir aquele que pode ter sido o seu melhor ano de sempre, mesmo tendo em conta que não lhe correu de feição o mundial do Brasil.
Ao serviço do Real Madrid tem feito um percurso notável, como nenhum outro tem sido capaz de alcançar.

Messi tem-se mantido a uma considerável distância daquilo que conseguiu em anos anteriores, Neuer é um guarda-redes de grande qualidade, mas a sua escolha é, quanto a nós, um contrassenso.
E explicamos porquê: exactamente porque o futebol é festa e na sua génese está o golo, esse momento mágico que leva multidões ao rubro.
Ora um guarda-redes é o oposto de tudo isso, ou seja a sua função é evitar o golo.

Tem mérito o alemão Neuer?
Tem, sim senhor! Trata-se porém de uma estrela que não deveria ser chamada a refulgir neste firmamento.