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Ribeiro Cristóvão

Inadmissível

29 out, 2014 • Ribeiro Cristóvão

Nada retirava aos dirigentes leoninos a faculdade de poderem protestar face a uma actuação considerada unanimemente desastrada e lesiva do interesse dos leões.

Fazendo uso de um direito legítimo que lhe assistia, o Sporting apresentou, em devido tempo, junto da UEFA, recurso relacionado com algumas polémicas decisões do árbitro russo Sergei Karasev que dirigiu o recente desafio da Liga dos Campeões disputado em Gelsenkirschen, na Alemanha.

Embora sabendo-se antecipadamente que se tratava de uma iniciativa condenada ao insucesso, por serem conhecidas as posições da entidade europeia nesta e noutras matérias similares, nada retirava aos dirigentes leoninos a faculdade de poderem protestar face a uma actuação considerada unanimemente desastrada e lesiva do interesse dos leões.

Claro que exigir a repetição do desafio contra o Schalhke 04 ou, em alternativa, a indeminização de 500 mil euros, prémio habitualmente destinado aos empates, não deixava de ser considerado um exagero. E daí, sem surpresa, a resposta da UEFA ao considerar “inadmissível” a queixa dos leões.

A mesma Uefa cujo presidente ainda recentemente juntou ao seu já extenso rol de disparates a afirmação segundo a qual Cristiano Ronaldo não deverá ser distinguido de novo, este ano, com a Bola de Ouro devido à sua fraca prestação no recente Campeonato do Mundo. Essa, sim, uma posição inadmissível assumida por Michel Platini, que ao longo dos seus mandatos tem sido pródigo em afrontas ao futebol português e a alguns dos seus dirigentes.

Um disparate ainda mais evidente na medida em que o presidente da Uefa ficou calado em 2010, ano em que a Bola de Ouro foi atribuída a Lionel Messi pouco tempo depois de este ter tomado parte no Mundial da África no qual teve participação completamente irrelevante.