Alemanha de fora dos ataques aéreos no Iraque

A Alemanha não vai participar nos ataques aéreos contra o Estado Islâmico, no Iraque e na Síria, disse a chanceler alemã, Angela Merkel, esta sexta-feira.

O Governo de Merkel não vai aceitar a proposta de cooperação militar dos Estados Unidos, já aceite pela França. "A estabilidade da região é uma grande preocupação para o Governo alemão, mas posso descartar a participação em ataques aéreos militares", anunciou Christiane Wirtz, porta-voz de Merkel. 

O Reino Unido também já admitiu estar de fora da estratégia norte-americana de bombardear as posições dos jihadistas naqueles dois países.

O ministro da Administração Interna alemão, Thomas de Maiziere, anunciou que todos os cidadãos alemães estão proibidos de demonstrar o apoio por aquela organização, inclusive nas redes sociais.

"A organização terrorista Estado Islâmico é uma ameaça também para a segurança pública da Alemanha. Estamos absolutamente a confrontar esta ameaça", disse Maiziere, que calcula que cerca de 400 alemães simpatizantes dos jihadistas tenham viajado até ao Médio Oriente para apoiar os extremistas.

Presidente francês reforça apoio ao Iraque
O Presidente francês reuniu-se na capital do Iraque, Bagdade, nesta sexta-feira, com os governantes iraquianos para manifestar o apoio ao novo Governo e clarificar a estratégia para combater os extremistas do Estado Islâmico.

O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, disse, depois do encontro, que François Hollande lhe "prometeu que a França vai participar neste esforço atingindo as posições dos terroristas no Iraque", referindo-se aos ataques aéreos.

“O lado americano já começou a fazer isso. Nós precisamos desse apoio aéreo. Não precisamos de parceiros no chão e eles não tencionam enviar forças”, acrescentou.

Hollande já tinha anunciado que iria apoiar os aliados, nomeadamente os Estados Unidos, contra esta ameaça que considera “séria”.

Na próxima segunda-feira, Paris acolhe uma conferência internacional sobre a paz e a segurança no Iraque, numa tentativa de angariar mais parceiros contra o Estado Islâmico.