Fogos têm como principal causa o abandono do território por parte do Estado português. Não há um sistema de prevenção, nem tão pouco um programa de manutenção e limpeza das matas públicas.
O Verão está a chegar e, com o calor, chegarão também os fogos florestais. Os incêndios destroem uma das nossas maiores riquezas e representam um prejuízo de largos milhões de euros.
Os fogos têm como principal causa o abandono do território, e em particular da floresta, por parte do Estado português. Não há um sistema de prevenção, nem tão pouco um programa de manutenção e limpeza das matas públicas. Também os baldios estão ao completo abandono.
Juntando a este cenário a incúria e o descuido de muitos dos utentes o resultado não poderia ser outro: um inferno de incêndios que devasta o país em cada ano.
Só será possível acabar com esta tragédia com políticas de prevenção sistemática. O Estado tem, além disso, de premiar o desempenho daqueles que mantenham os territórios livres de incêndios. E tem de abandonar o mau hábito de remunerar os bombeiros em função do número de horas de combate.
Este sistema acaba, na prática, por estimular a indústria dos incêndios.