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Antigo procurador Souto Moura aprecia terceiro “habeas corpus” de Sócrates

10 dez, 2014

Antigo primeiro-ministro está preso preventivamente por suspeita de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) recebeu esta quarta-feira um terceiro pedido de “habeas corpus” destinado à libertação urgente do ex-primeiro-ministro José Sócrates.

A nova providência foi intentada pelo cidadão José Domingos da Silva Sousa, disse à agência Lusa fonte daquele tribunal superior. Vai ser apreciada na próxima quarta-feira, dia 17, às 11h00.

O caso, por ser urgente, já foi distribuído pelo STJ, tendo sido designado relator o juiz conselheiro José Souto Moura, antigo procurador-geral da República. Um cargo que ocupou entre Outubro de 2000 e Outubro de 2006.

No “habeas corpus”, o requerente visa obter a libertação imediata do preso em nome do qual se apresenta a actuar, invocando a ilegalidade da prisão.

Até ao momento, tinham sido apresentados dois pedidos de libertação imediata, tendo o primeiro sido recusado pelo STJ por falta de fundamento legal e o segundo nem sequer chegou a ser admitido para apreciação.

O antigo primeiro-ministro está preso preventivamente no Estabelecimento Prisional de Évora por suspeita de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada num caso relacionado com alegada ocultação ilícita de património e transacções financeiras no valor de vários milhões de euros.

No âmbito da mesma investigação está também preso preventivamente o empresário Carlos Santos Silva, amigo de longa data de Sócrates, e João Perna, motorista do antigo líder socialista.

O inquérito que levou a detenção de José Sócrates é dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e contou com a colaboração dos inspectores da Autoridade Tributária.

[notícia actualizada às 17h54]

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