A qualidade que nacional e internacionalmente lhe era reconhecida nunca o impediu de fazer amizades com as mais diversas pessoas.
Com a morte de Miguel Galvão Teles Portugal perdeu um dos seus mais notáveis juristas dos últimos sessenta anos.
Desde o tempo da Faculdade de Direito de Lisboa, onde fui colega do Miguel, que ele não apenas nos espantava com a sua capacidade de raciocínio como a aplicava à Filosofia do Direito, ao Direito Constitucional e a outros ramos jurídicos.
Várias vezes esteve quase a doutorar-se, mas acabou sempre por desistir, chamado pelos urgentes trabalhos da advocacia, da qual precisava para sustentar a família. Tomaram muitos doutorados em Direito possuir a cabeça do Miguel Galvão Teles…
Mas o Miguel não era só um jurista de excepcional inteligência e profundidade de saber. Era uma excelente pessoa, sem qualquer espécie de vaidade, sempre procurando ajudar os outros.
A qualidade que nacional e internacionalmente lhe era reconhecida nunca o impediu de fazer amizades com as mais diversas pessoas, mesmo de nível intelectual muito abaixo do seu. Muita gente vai sentir a sua falta.