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Francisco Sarsfield Cabral

Racismo e armas de fogo

21 ago, 2014 • Francisco Sarsfield Cabral

Apesar de todos os progressos nas últimas décadas, o racismo continua a ser um problema sério nos EUA.

Em Ferguson, perto da cidade de Saint-Louis (Estado do Missouri), prolongaram-se os protestos violentos por causa de um polícia branco ter morto a tiro um jovem negro, que alegadamente tinha furtado algo num supermercado. Esta semana outro negro, na posse de uma faca (algo a confirmar), foi morto a tiro por um polícia branco em Saint-Louis.

Apesar de todos os progressos nas últimas décadas, o racismo continua a ser um problema sério nos EUA. A população de Ferguson (cerca de 22 mil habitantes) era há vinte anos três quartos branca; hoje é dois terços negra. Mas só 6% dos polícias locais são negros. Em geral, a população negra é tratada com mais severidade do que a branca.

Mas há outros problemas em jogo. O negro morto por um polícia em Ferguson levou seis tiros, um manifesto exagero. Há quem acuse a polícia norte-americana de ser demasiado militarizada, recorrendo em primeira instância (e não em última) a armas de fogo. Talvez. Só que a paixão pelas armas não é exclusiva da polícia: a maioria dos americanos não quer limitar a venda e o uso de armas, mesmo das mais mortíferas.