Não parece, mas Mourinho quer travão na euforia

A Taça da Liga Inglesa, o primeiro título de José Mourinho no regresso ao Chelsea, já lá vai. Aos festejos efusivos, naturais, do técnico português, após o triunfo sobre o Tottenham, seguiu-se o regresso à realidade, sem qualquer "paraíso" à mistura.

(Quase) tudo corre bem aos "blues": primeiro troféu da época, cinco pontos de avanço sobre o Manchester City e com menos um jogo, na Premier League, vantagem na eliminatória dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, frente ao PSG. Mourinho, contudo, não eleva os pés da terra.

"Com esta vitória na Taça da Liga não estamos no paraíso nem está tudo perfeito para nós nesta altura. Da mesma forma que não ficámos em pânico com um resultado negativo, temos de manter o equilíbrio nestas alturas. Temos um jogo muito difícil na quarta-feira e depois na Liga dos Campeões", afirmou o português, esta terça-feira, durante a antevisão do "derby" londrino, frente ao West Ham, agendado para amanhã.

"Cinco pontos de vantagem na Premier League não é muito. Mas em competições como esta os resultados dos adversários directos também conta. Podes fazer épocas fantásticas e não seres campeão porque outra equipa fez melhor que tu. Portanto, quando os nossos adversários directos perdem pontos, isso é bom para nós", admitiu.

John Terry quer um novo contrato, aos 34 anos, com melhores condições para poder continuar a envergar a camisola do Chelsea. José Mourinho confirmou, esta terça-feira, que o icónico defesa vai continuar em Stamford Bridge. Pelo menos, durante mais uma época.

  

"Posso garantir que Terry vai ser jogador do Chelsea na próxima época. Ele vai ter o seu contrato", salientou, reconhecendo que a sucessão de Terry será uma difícil tarefa.

"Todos os grandes jogadores são difíceis de substituir. Temos de começar a preparar o futuro enquanto ainda o temos connosco. Por vezes a solução está perto, outras vezes tens de procurar fora do clube. Temos tempo, John está a demonstrar que pode jogar mais alguns anos", completou.