SAD no léxico das eleições. Normalizar e recomprar, prometem os candidatos

Na véspera do acto eleitoral, visando o próximo triénio, Bola Branca foi consultar os dois homens que querem assumir os destinos do emblema da Cruz de Cristo, a propósito da forma como pensam lidar com a sociedade que gere o futebol profissional.

Para Patrick Morais de Carvalho, advogado de 45 anos, a ideia é "normalizar e intensificar" o relacionamento com a SAD.

"Pretendemos intensificar as relações entre o clube e o futebol profissional. Vamos remar para o mesmo lado e, se assim for, o Belenenses vai tornar-se imparável, pois é o quarto grande em Portugal. Vou estar a chorar ao lado da administração da SAD quando perdermos e vou estar a sorrir ao lado da administração da SAD quando ganharmos. E acredite que nos próximos três anos vamos estar mais tempo a sorrir do que a chorar", defende o candidato.

Já para António Soares, engenheiro de 53 anos, o objectivo passa por voltar a ter o domínio da SAD. O presidente recandidato responde igualmente a Patrick Morais de Carvalho.

"Estranho seria dizer que queriam [a outra lista] dar-se mal com a SAD. Isso é mesma coisa que não dizer nada. As relações com a SAD estão normalizadas, como prova a envolvência em torno do futebol de formação. O intensificar de relações é outro 'não objectivo'. Tudo isso é de quem não quer assumir nada em relação à SAD. Desde a primeira hora, assumi que a minha intenção é recomprar a SAD, porque é difícil entender o Belenenses sem a gestão do futebol profissional. Num determinado período foi inevitável, pois o clube não tinha condições para suportar os custos da SAD. Hoje em dia o clube tem uma situação estável e sei como fazê-lo, como apresentar uma proposta para a recompra da SAD", sustenta António Soares.