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Japão

Partículas radioactivas do Japão chegam a Portugal, mas "não há risco"

28 mar, 2011

Especialista da Universidade dos Açores refere que saúde pública "não está em causa".


Félix Rodrigues, investigador da Universidade dos Açores, prevê a chegada aos Açores e ao continente português de partículas radioactivas do Japão. O especialista garante que não há qualquer perigo para a saúde pública.

“É previsível a chegada de partículas e gases do acidente e incidentes do Japão. Trata-se de gases xénon 133, que não têm qualquer risco de saúde pública. Por outro lado, todas as avaliações feitas no Japão têm níveis que não põem em risco a saúde pública”, disse.

Já Mark Breedy, responsável de comunicação de políticas europeias da Greenpeace, refere que, “infelizmente, não estamos mais seguros na Europa do que no Japão”.

“Os acidentes nucleares podem acontecer e não é preciso haver um grande terramoto ou um tsunami para que aconteçam. Muitas coisas podem correr mal", começa por dizer Mark Breedy.

"A energia nuclear é uma tecnologia inerentemente perigosa e, na verdade, não precisamos dela. Calculámos, tendo como base investigações feitas no Centro Aeroespacial Alemão, que podemos encerrar cerca de metade das centrais nucleares na Europa nos próximos 10 anos, preenchendo esse vazio com energias renováveis seguras”, acrescenta o responsável de comunicação de políticas europeias da Greenpeace.