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Médicos falam em conspiração para destruir Maternidade Alfredo da Costa

08 jan, 2013

Sindicatos médicos questionam a pressa em fechar a maior maternidade do país.

Os representantes dos médicos falam em conspiração para destruir a Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) questionam, num comunicado conjunto divulgado esta terça-feira, a pressa em fechar a maior maternidade do país - apesar de não haver ainda um prazo oficial, é apontado o mês de Março para o encerramento.

“Há situações que são inexplicáveis. O que é surge de repente tão premente que obrigue a encerrar, em cima do joelho, uma instituição como esta com 80 anos e que tem dado provas de um bom funcionamento”, questiona Pilar Vicente, do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, da FNAM.

“Qual é o interesse que está por trás disto e o que é que obriga, que pistola é que se tem apontada para haver esta voracidade, esta vertigem de encerramento tão rápido. As pessoas estão sempre com muita pressa para fazer coisas, normalmente mal, sem estudos e nada planeado. Isto de facto parece uma conspiração. Qual é a ideia? São contra as pessoas que lá trabalham, são contra a instituição, há interesses económicos por trás, há negócios, há o quê? Isto não tem pés nem cabeça”, diz Pilar Vicente.

Os sindicatos dos médicos exigem que os profissionais da MAC sejam envolvidos em todo o processo e isso não tem acontecido, sublinha a dirigente Pilar Vicente.

O comunicado do SIM e da FNAM critica a anunciada intenção de instalar a unidade de neonatologia da Maternidade Alfredo da Costa no Hospital D. Estefânia, porque vai implicar o gasto de verbas avultadas.

Os sindicatos falam também no desmembramento e deslocação de equipas, mas sublinham que nada está ainda a ser feito.