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Investigadores alertam para falhas no tratamento de águas

26 nov, 2012

Equipa do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) responsável pelo estudo não revela os locais onde estas situações ocorrem.

As Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) não estão a conseguir eliminar os resíduos de muitos dos medicamentos utilizados pela população portuguesa. Em causa pode estar mesmo a saúde pública.

A conclusão é de uma equipa de investigadores do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) que analisou amostras de terra nas imediações de várias estações de tratamento na região Norte. Os responsáveis pelo estudo não revelam os locais onde estas situações ocorrem.

À Renascença, a investigadora Valentina Domingues diz haver uma colaboração entre o ISEP e as ETAR analisadas, a fim de se encontrarem soluções.

Segundo dados preliminares de um outro estudo da Quercus, divulgado esta segunda-feira, o Estado desconhece o destino de mais de metade das lamas das estações de tratamentos de esgotos.

Os ambientalistas avisam que as lamas, que podem até conter patogénicos, podem estar a ser descarregadas no solo ou a contaminar lençóis freáticos.

Segundo a legislação, o gestor destes resíduos é o responsável pela forma como será tratado e valorizado, nomeadamente para ter condições de ser colocado no solo e em culturas agrícolas.