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Cancro da mama

É dia de ainda mais luta contra uma doença que mata quatro mulheres por dia

30 out, 2012 • Carolina Duarte [com Lusa]

Exame clínico e mamografia são meios essenciais para um diagnóstico precoce do cancro da mama. Para as mulheres que já enfrentaram a doença, surge muitas vezes o dilema da reincidência.

É dia de ainda mais luta contra uma doença que mata quatro mulheres por dia
O cancro da mama foi diagnosticado a Sónia antes de fazer 40 anos. Na Clínica de Mama, no IPO do Porto, encontrou uma equipa multidisciplinar que a ajudou a superar a doença. A Renascença dá a conhecer o testemunho de Sónia e o projecto da Clínica de Mama, denominado "Tempo de Viver".
Assinala-se esta terça-feira o dia nacional de luta contra o cancro da mama, uma doença que afecta 4.500 pessoas por ano em Portugal. Por dia, morrem quatro mulheres.

O exame clínico e a mamografia são meios essenciais para um diagnóstico precoce. Para as mulheres que já enfrentaram o cancro da mama, surge muitas vezes o dilema da reincidência. Coloca-se então a questão: sim ou não à mastectomia profiláctica (remoção cirúrgica dos peitos para reduzir o risco de desenvolvimento do cancro)?

Helena Gervásio, especialista em oncologia da mama, defende que sim em circunstâncias muito específicas, nomeadamente quando o doente está perante um tipo de cancro: o lobular. Mesmo assim, não há regra sem excepção e também neste caso pode haver surpresas.

"Não posso, de modo algum, afirmar que não venha a desenvolver a doença noutro lugar", afirma Helena Gervásio, para quem decidir tirar uma mama sã, porque se teve cancro na outra, é uma medida radical, pessoal e que deve ser profundamente racionalizada.

Laço atribui bolsa de 25 mil euros para investigação
A associação Laço vai atribuir uma bolsa de 25 mil euros para apoiar um projecto de investigação sobre as causas do aparecimento do cancro de mama ou os cancros metastáticos, anunciou esta terça-feira a presidente da instituição, Lynne Archibald.

"São as duas áreas em que precisamos de respostas da ciência", conta à agência Lusa. "É a primeira bolsa especificamente para esta área e conseguimos fazer isto porque continuamos a ter apoio", disse, acrescentando que a associação mantém "muitas campanhas a decorrer", acrescenta.

A bolsa é possível graças aos donativos que a Laço tem recebido. "Por vezes, são campanhas mais pequenas do que no passado, mas continuamos a ter muito apoio das empresas, mas também das mulheres, o que faz com que possamos continuar a angariar dinheiro", revela Lynne Archibald.

A bolsa deve ser atribuída na Primavera do próximo ano.