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Há 1.300 farmácias com fornecimento cortado

19 out, 2012

Associação Nacional de Farmácias adiou o prazo de transferência das comparticipações, mas alega que não é essa a causa das dificuldades.

Há 1300 farmácias com fornecimentos cortados e muitas outras que correm o risco de entrar em ruptura de “stocks”, admite à Renascença o presidente da Associação Nacional de Farmácias, João Cordeiro.

Mas as dificuldades económicas, alega, não resultam do ofício da ANF, que adia a transferência das verbas correspondentes às comparticipações dos fármacos assumidas pelo Estado.

Na prática, a transferência passa de 20 de Novembro para 10 de Dezembro.

“Eu confirmo esse ofício, agora o risco de as farmácias estarem em ruptura de ‘stocks’ não resulta do facto de a associação ir transferir as verbas às farmácias na data em que o Ministério nos paga. Esse risco resulta, sim, da situação económica das farmácias”, sustenta João Cordeiro.

“Hoje, há 1300 farmácias já com fornecimentos cortados dos seus fornecedores. Isto resulta da gravíssima situação económica em que as farmácias se encontram, agravado pelo facto de nem todas as ARS [administrações regionais de saúde] estarem a pagar nos prazos contratuais”, sublinha, em declarações à Renascença.