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OMS investiga novo vírus da família da SARS

24 set, 2012

Autoridades britânicas detectaram um novo vírus num homem transferido do Qatar para ser tratado em Londres.   

A Organização Mundial de Saúde (OMS) está a investigar as implicações para a saúde de um novo vírus, da família do que causa a Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS), identificado em dois pacientes nos últimos meses.

As autoridades britânicas alertaram no sábado ter sido detectado um novo vírus num homem transferido do Qatar para ser tratado em Londres. O paciente tinha viajado recentemente para a Arábia Saudita, onde um outro homem morreu há meses de uma doença parecida.

O primeiro caso foi detectado e confirmado pelo Centro Médico da Universidade Erasmus, na Holanda, num homem saudita de 60 anos que morreu depois de ser internado.

O novo caso, num homem proveniente do Qatar que adoeceu depois de regressar da Arábia Saudita e foi transferido para Londres quando a sua condição se agravou, foi identificado como um coronavírus.

Trata-se de uma vasta família de vírus que inclui os que causam a gripe comum, mas também a SARS, que em 2003 matou cerca de 800 pessoas numa epidemia que alastrou sobretudo na Ásia.

"Ainda é muito cedo", disse um porta-voz da OMS, Gregory Hartl. "Neste momento temos dois casos esporádicos" e ainda há muitas questões por responder.

Depois de identificar o novo vírus, a Agência para a Protecção da Saúde do Reino Unido (HPA) comparou-o com a mostra extraída do paciente saudita e as duas coincidem em 99,5%, com apenas um nucleótido de diferença. Em ambos os casos, os doentes sofreram de insuficiência renal, "o que surpreendeu os médicos porque normalmente não está associada a uma síndrome pulmonar", explicou Gregory Hartl, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.

O doente agora internado em Londres está "em estado crítico", disse Hartl.