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Paleontólogo português descobriu dinossauro na Gronelândia

04 ago, 2012 • Margarida Jesus Pinto

Octávio Mateus regressou a Portugal com quatro toneladas de rochas com ossos para analisar.

Paleontólogo português descobriu dinossauro na Gronelândia

O paleontólogo Octávio Mateus regressou de uma expedição na Gronelândia, onde descobriu ossadas de dinossauro predador com mais de 200 milhões de anos. O perito do Museu da Lourinhã e investigador da Universidade Nova contou à Renascença como foi a aventura.

Octávio Mateus veio carregado para Portugal. Na bagagem quatro toneladas de rochas com ossos para analisar, mas, acima de tudo, descobertas inéditas.

“Descobri um fitossauro, um animal primitivo que faz lembrar um crocodilo, mas não é bem, tem umas narinas retraídas. Descobrimos também uma das mais antigas tartarugas alguma vez descobertas.”

O paleontólogo também encontrou “anfíbios primitivos, umas salamandras gigantes; e mais uns quantos fósseis, todos eles entre 207 a 211 milhões de anos”.

O esqueleto do fitossauro é o primeiro a ser descoberto na Gronelândia. É uma espécie que se extinguiu no final do Triásico. Os dinossauros, esses, sobreviveram. Fica a questão para ser respondida depois da análise dos esqueletos, refere Octávio Mateus.

Falar de Gronelândia é falar do mais recente episódio de degelo. Octávio Mateus não esteve na zona mais atingida mas, ainda assim, ficou impressionado.

“Via-se a neve a derreter muito rapidamente, sobretudo, nos últimos dias, vários metros por dia. Tudo estava a ficar bastante seco, o que pareceu-me ser invulgar”, sublinha o paleontólogo Octávio Mateus, que passou três semanas na Gronelândia. A ilha que no passado mês de Julho viu 97% da sua camada de gelo derreter.