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"Troika" quer ainda mais cortes na saúde

17 jul, 2012 • Dora Pires

Ministério da Saúde tem de apresentar até Novembro um plano concreto para a reorganização hospitalar, que inclui encerramentos de unidades e de serviços de urgência.

"Troika" quer ainda mais cortes na saúde
Pelas contas da "troika", ainda há muito que cortar na saúde, a começar pelos subsistemas públicos como a ADSE. Aqui, os cortes têm de ser de 30% este ano e de mais 20% no próximo.

A receita passa por reduzir as contribuições da entidade pública empregadora e ao mesmo tempo encolher a oferta de cuidados de saúde privados.

Até Novembro, o Ministério da Saúde tem de apresentar um plano concreto para a reorganização hospitalar, com encerramentos de unidades e de serviços de urgência e a transformação de pequenos hospitais em centros de cuidados continuados. Deve ainda ser revisto o mapa das unidades que fazem transplantes.

Na área dos medicamentos, farmácias e laboratórios têm de reduzir em 50 milhões as suas margens de lucro. Tudo o que ganharem acima disso terá de ser devolvido ao Estado. Quando os medicamentos deixarem de estar protegidos pela patente, passam a custar automaticamente metade do preço, tal como a Renascença avançou em Maio.

O memorando prevê também que os médicos sejam transferidos para onde são necessários e, embora se admita uma nova tabela salarial, a ordem é poupar cerca de 20% em horas extraordinárias em 2012 e outros 20% em 2013.

Assegurar o acesso a médico de família é uma preocupação, sendo por isso sugerido que se reforcem as competências de enfermeiros e outros profissionais de saúde e se aumente o número de unidades de saúde familiar, como são conhecidos os novos centros de saúde